Endividamento dos catarinenses aumenta para 59,4%, o maior da série histórica

Atualizado em 02 março, 2015

O endividamento dos consumidores catarinenses subiu 0,2 pontos percentuais (p.p.) na comparação entre o mês de janeiro e fevereiro, mantendo-se praticamente estável. Na comparação anual, a alta foi de 8,8 p.p. O percentual de famílias endividadas, que era de 50,6%, saltou para 59,4%, o maior da série histórica iniciada em janeiro de 2013.

O percentual de famílias com contas em atraso subiu para o patamar de 13,9%. No mês passado encontrava-se em 11,9% e, em fevereiro de 2014, 13,7%. No que diz respeito ao percentual de famílias que não terão condições de pagar, o indicador também atingiu o maior percentual da série histórica, com 8,5%.

O nível de endividamento das famílias também subiu no mês de fevereiro. O percentual dos muito endividados, que estava em 11,1% no mês passado, passou para 13%. No ano, o índice subiu 3,5 p.p. Na faixa dos mais ou menos endividados, o indicador decresceu, passando de 24,6% para 24,1%. As faturas do cartão de crédito representam 48,4% do endividamento dos catarinenses. Em segundo, terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, os financiamentos de carro (27,9%), os carnês (27,2%) e o crédito pessoal (18,3%).

Já em relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos catarinenses endividados tem dívidas por mais de um ano (50,7%). Aqueles que têm dívidas até 3 meses representam 20%. Entre 3 e 6 meses, são 8,3%. E por fim, entre 6 meses e um ano são 8,4%. O tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 8,6 meses, maior que o valor verificado no mês passado de 8,4 meses. A parcela da renda das famílias comprometida com dívidas apresentou alta, passou de uma média de 29,2% em janeiro para 30,6% em fevereiro, ou seja, ainda em níveis que geram certa preocupação.

Cidades

Entre as cidades, Florianópolis é que tem o maior percentual de famílias endividadas. Com 86,3%, a Capital é a mais comprometida com dívidas em Santa Catarina, seguida por Joinville com 53,8% e Chapecó com 49,5%. Em relação ao percentual de famílias com contas em atraso, Florianópolis também lidera com 22%. Itajaí e Blumenau apresentam o menor percentual de inadimplentes. É de Florianópolis a liderança, mais uma vez, nas famílias que não terão condições de pagar. Nesse indicador, Blumenau e Itajaí são as melhores posicionadas, com apenas 3,6% e 3,9% de famílias sem condições de pagar suas dívidas respectivamente.

Já em relação aos tipos de dívida nas cidades, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, com especial destaque para Florianópolis, com 66,8%. Os carnês e financiamentos, tanto de carro, quanto de casa, e o crédito consignado aparecem logo em seguida quase em todos os munícipios. Em Joinville, Chapecó e Blumenau é possível destacar o crédito pessoal.

Nas contas em atraso, os itajaienses, com a maior média do Estado, levam em torno de 80,9 dias para quitá-las, enquanto que os florianopolitanos, a menor, levam 64,5 dias. Florianópolis também é a cidade que apresenta o maior percentual de famílias que poderão pagar totalmente suas dívidas em atraso. Itajaí é a cidade com menor percentual de famílias que terão condições de pagar totalmente suas dívidas em atraso.

Leia a pesquisa na íntegra aqui.
 

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