Aumento no custo da energia será repassado aos preços, diz Fecomércio

Atualizado em 02 março, 2015

A conta de luz em Santa Catarina ficará 34% mais cara a partir de março. Essa é a alta aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão federal que controla as alterações tarifárias da distribuição de eletricidade. Nas indústrias catarinenses, a fatura será ainda maior: 43%.

A mudança se deve a uma revisão extraordinária aprovada na sexta-feira, 27 de fevereiro, com média de alta de 24,8% entre todos os consumidores de energia catarinenses (21,3% para residências e até 29,9% para indústrias). A alta de agora, no entanto, não impedirá a revisão anual das contas da Celesc, realizada tradicionalmente em agosto, que pode reajustar a tarifa novamente.

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o aumento no custo da energia terá efeito nos preços ao consumidor, pois os estabelecimentos, no verão, por exemplo, não podem desligar o ar-condicionado, o que prejudicaria o conforto dos clientes, e, ao mesmo tempo, não podem deixar de iluminar sua loja ou restaurante. “Cada um vai ter que acrescer na sua tabela de custo e terá que repassar. Não tem outro jeito. Não existe milagre”, afirmou Breithaupt.

Obras atrasadas

O segundo aumento da energia elétrica, em 2015, anunciado como uma maneira de compensar o fim do aporte do Tesouro a Conta de Desenvolvimento Energético, será mais um elemento a somar no difícil momento que vive o setor produtivo. O comércio de Santa Catarina, por exemplo, há oito meses seguidos vem observando redução no índice de volume de vendas, segundo dados do IBGE. Aumentos como esse poderiam ser evitados caso as obras em infraestrutura energética tivessem terminado. No Brasil, existem 272 projetos de infraestrutura energética atrasada, o que gerou um prejuízo de R$ 65,4 bilhões ao país e forçou o aumento da energia elétrica em até três vezes, desde 2006.
 

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