Carne Fraca: mercado requer cautela, rigor e agilidade na investigação das denúncias

Atualizado em 21 março, 2017

Entidade alerta para impacto em todos elos da economia

Diante das denúncias da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira, a Fecomércio SC está vigilante quanto às possíveis consequências para os setores do comércio, serviços e turismo de Santa Catarina. A Federação cobra respostas rápidas das autoridades competentes para minimizar os impactos em toda a cadeia produtiva da carne, desde a produção à exportação, e nos outros segmentos que poderiam ser indiretamente afetados, além de punição às ações criminosas praticadas por parte dos fiscais do Ministério da Agricultura e funcionários de alguns dos principais frigoríficos do Brasil.

“Solucionar e esclarecer a questão o quanto antes deve ser prioridade número 1 das autoridades. Neste momento crítico é necessário ter fiscalizações ainda mais rigorosas em todas as etapas do processo produtivo de carnes, evitando que os atos ilícitos prejudiquem quem produz e comercializa de forma correta, atendendo às normas sanitárias e respeitando o consumidor e a saúde pública. Não podemos deixar que uma fração de irresponsáveis coloque em xeque a qualidade da proteína animal produzida no país, comprometendo tanto o desenvolvimento da indústria e da agricultura do Brasil, quanto o comércio desses itens, por conta da redução nas vendas ou fechamento de mercados para produtos que, comprovadamente, apresentarem plena conformidade e excelência no padrão de consumo”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

O presidente frisa que o Estado é referência nacional e internacional na produção e comercialização de proteína animal em razão do status sanitário diferenciado conquistado nas últimas décadas. “A qualidade de nossa carne é reconhecida mundialmente: somos um estado livre de febre aftosa sem vacinação e certificado pela OIE como zona livre de peste suína clássica, o que nos permitiu entrar nos mercados mais exigentes do mundo, com rigorosos padrões de fiscalização. Mais de 100 mil empregos dependem direta e indiretamente desta cadeia produtiva”, pontua.                                        

Em 2016, o estado exportou 274,1 mil toneladas de carne suína, o que rendeu US$ 555,2 milhões. Isso corresponde a 38% das exportações brasileiras desse tipo de produto. Os números são ainda mais excepcionais no setor de aves: 1 milhão de toneladas, que renderam US$ 1,7 bilhões em 2016. Cerca de 53% da produção é destinada ao mercado interno.

 

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