Faturamento do turismo avança, mas serviço continua no vermelho em SC

Atualizado em 28 junho, 2018

Queda da atividade industrial e da demanda do governo tem impacto no setor

A receita nominal dos serviços em fevereiro retraiu 3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior em Santa Catarina. Segundo a Pesquisa mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação foi de -3,2% no acumulado de 12 meses- o pior resultado desde o início da série histórica, em 2012. No Brasil, o indicador teve alta de 0,5% na comparação com o ano passado. No entanto, no acumulado de 12 meses, a variação está em 0,0%.

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O faturamento das atividades turísticas avançou 13,9% em Santa Catarina. No acumulado em 12 meses, a variação é positiva em 1,2%.

A queda da atividade industrial e da demanda do governo tem impacto no setor, conforme o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova. “O segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio caiu 4,9% em termos de receita, refletindo a diminuição na produção da indústria e na circulação de mercadorias. Foi a maior queda entre os segmentos pesquisados. Já os serviços de comunicação e informação, cuja queda foi de 4,1%, são fruto do recuo nos investimentos e do consumo”, explica. Em terceiro lugar estão os serviços profissionais, administrativos e complementares, com queda de 3,4%, por conta do elevado número de fechamento de empresas.

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Dois segmentos tiveram variação positiva na receita nominal em fevereiro, mas ainda assim as mais baixas desde o início da pesquisa do IBGE.Os serviços prestados às famílias (4,2%),que inclui restaurante, salão de beleza, espetáculos, hotelaria, educação etc, foram impactados pela queda na renda real das famílias. O panorama, no entanto, já começa a mudar. Este segmento já acumula crescimento de 19,8% no primeiro bimestre. Outros serviços (5,3%), representado pelo mercado imobiliário e de eventos, também tiveram bom desempenho.

 “Ambos vêm se recuperando, mesmo que de forma lenta, com a queda na inflação e a retomada da renda das famílias e do crédito. Seguindo a tendência geral da economia, os serviços devem ter melhores índices no decorrer de 2017”, finaliza.

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