MERCADO

Aumento de trabalhador por conta própria desacelera desemprego em Santa Catarina

Atualizado em 02 julho, 2018

Modalidade foi uma das que mais cresceu no segundo trimestre

A taxa de desemprego em Santa Catarina caiu em 0,4 pontos percentuais do primeiro (7,9%) para o segundo trimestre (7,5%) deste ano, que representa cerca de 14 mil pessoas, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (17) pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2016 (6,7%) o índice avançou.

Um dos fatores para esta queda foi o aumento de 2% no número de trabalhadores por conta própria, ou seja, 15 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Atualmente, Santa Catarina conta com 755 mil pessoas empregadas nessa modalidade.

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o estado permanece com a taxa mais baixa do país por conta da forte diversificação econômica, que permite maior mobilidade do emprego e investimentos entre os diferentes setores. “A queda no desemprego e a estabilidade da renda no segundo trimestre de 2017 apontam para o início de um movimento de crescimento econômico e retomada dos investimentos e do consumo. Apesar dos resultados ainda tímidos, o aumento do poder de compra e do crédito, a queda dos juros e a perspectiva de trajetória fiscal mais previsível para os próximos meses reativarão a economia catarinense, recuperando ainda mais o emprego e a renda”, afirma Breithaupt.

No 2º trimestre do ano, o estado contou com 3,4 milhões de pessoas empregadas, metade delas (1,7milhões) trabalhadores formais, e 283 mil desempregados. O número de empregados sem carteira assinada caiu entre janeiro e março de 218 mil trabalhadores para 204 mil de abril a junho.

O comércio registrou aumento no número de empregados, somando 635 mil vagas, contra 623 mil do 1º trimestre. Repercutindo a sazonalidade típica do período turístico no Estado, o segmento de alojamento e alimentação reduziu em 10 mil empregados, chegando a 136 mil pessoas.

O rendimento real médio do catarinense subiu 0,2% no segundo trimestre de 2017 na comparação com o primeiro trimestre do ano e 3% em relação ao 2º trimestre de 2016. Em termos absolutos o valor chegou a R$ 2.272,00.

Santa Catarina também é destaque nacional na taxa composta de subutilização da força de trabalho, que agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial. O estado ficou com o indicador mais baixo do país no segundo trimestre (10,7%), percentual inferior também ao 1º trimestre de 2017 (11,1%).

A taxa de desemprego em Florianópolis teve expressiva alta no segundo trimestre (7,6%) na comparação com o 1º (6,3%) e com o mesmo período do ano (7,2%). Quanto ao rendimento real, a Capital apresentou variação positiva de 6,3% e encontra-se em R$ 3.329,00.

No Brasil, a taxa de desemprego (13%) foi inferior ao trimestre passado (13,7%), mas superior ao mesmo período de 2016 (11,3%). O rendimento real médio entre abril e junho de 2017 ficou em R$ 2.104, queda de 1,0% em relação ao 1º trimestre de 2017. Ao contrário da realidade de Santa Catarina, a taxa de subutilização chegou a 23,8%, ou seja, 26,3 milhões de pessoas.

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