Queda na demanda congela setor de serviços em SC

Atualizado em 17 novembro, 2017

Pouco beneficiado por estímulos governamentais e mais dependente da expansão da massa salarial, o setor de serviços registrou resultados desfavoráveis desde o começo do ano. A mudança no comportamento das famílias no período mais intenso da crise fez com que o setor se recuperasse de forma lenta.

No mês de setembro, a receita nominal dos serviços estagnou (com variação de 0,0%) em Santa Catarina, na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. No acumulado de 12 meses, a variação da receita nominal ficou em -2,0%. No Brasil, a receita nominal registrou alta de 2,3% na comparação com setembro de 2016 e no acumulado de 12 meses cresceu 0,9%.

O volume de serviços registrou queda de 6% no Estado e 3,2% no país na comparação com setembro de 2016. No resultado acumulado de 12 meses, a variação foi negativa em 8,1% em Santa Catarina e em 4,3% no Brasil.

As atividades turísticas registraram alta de 17,8% em Santa Catarina e 6,7% no país na comparação com setembro do ano passado. No resultado acumulado em 12 meses, a variação é positiva em 11,5%- acima da média nacional de 2,7%.

O principal ponto negativo no mês foi a queda na receita do segmento de informação e comunicação (13,0%), seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,7%).

Os demais segmentos apresentaram crescimento na receita, com destaque para os transportes (9,4%) e os serviços prestados às famílias, de acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova. “A expressiva alta de 21,3% resulta do arrefecimento da inflação e a leve recuperação do emprego, com saldo positivo de vagas. Outros segmentos já demonstram estabilidade em seu nível de queda com a redução na inflação e recuperação, ainda que lenta, da renda das famílias”, explica.

Seguindo a tendência geral da economia, os serviços apresentarão melhores desempenhos em 2018, embora a expectativa não seja de forte recuperação visto que o cenário ainda é de bastante cautela por parte da indústria e de crise fiscal nas esferas governamentais, dois dos principais demandantes dos serviços.

 

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