Brasil perde quase 109 mil pontos de venda em 2016
O varejo brasileiro encerrou 2016 com o resultado mais baixo desde 2001. Entre janeiro e dezembro, o volume de vendas do varejo restrito recuou 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e a receita nominal variou positivamente em 4,5%. Considerando as vendas de material de construção e veículos, o país teve queda de 8,7% nas vendas e de -0,7% na receita nominal.
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O último mês do ano registrou desempenho negativo de 4,9% no volume de vendas em relação a dezembro de 2015- a 21ª taxa negativa seguida nessa base comparativa. A variação da receita foi positiva em 2,0%.
A consequência desse cenário foi o fechamento líquido de 108,7 mil lojas com vínculo empregatício em 2016. Conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela apuração dos dados, este foi o pior resultado desde 2005.
Os setores movidos a crédito, como automóveis, móveis e eletrônicos, tiveram a maior impacto no volume de vendas e, consequentemente, diminuíram o número de pontos de vendas. Os ramos de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-34,8 mil lojas), lojas de vestuário, calçados e acessórios (-20,6 mil) e lojas de materiais de construção (-11,5 mil) lideraram os encerramentos de lojas.