ECONOMIA

Comércio em Santa Catarina registra maior variação no volume de vendas desde 2012

Atualizado em 09 fevereiro, 2018

Desempenho no acumulado de 12 meses foi o mais alto do país, conforme IBGE

Enquanto o varejo brasileiro registra resultados negativos no volume de vendas, Santa Catarina acumula nove altas consecutivas, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento de 14,2% em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado, reforça atendência de recuperação do setor visto como um “termômetro” da economia do Estado. Novamente, o comércio catarinense tem o melhor desempenho do país, seguido pelo estado de Alagoas, com 10,3%. Em termos de receita nominal, que aponta o que entrou no caixa, a variação foi positiva em 10,9%.

No acumulado de 12 meses, o avanço no volume de vendas do comércio varejista restrito (sem atividades de material de construção e veículos) foi de 6,8%, a taxa mais alta desde dezembro de 2012 e também o melhor saldo entre todos os estados. O faturamento de agosto de 2016 a julho de 2017 cresceu 11,1%.

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o comportamento das vendas no Estado atingiu um patamar mais sólido após meses seguidos de números positivos. Fatores como a liberação do saldo inativo do FGTS, o mercado interno consolidado e elevação da renda no Estado pesaram na recuperação. “O comércio precisava desse fôlego. A inflação e os juros mais baixos favorecem o setor, por que barateiam o crédito e trazem mais poder de compra ao catarinense, estimulando o consumo e, consequentemente, toda a economia”, afirma. 


 

Dois setores que vêm se destacando nos últimos meses apareceram de novo com os melhores resultados: o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (41,9%)- que estavam bastante prejudicados pela demanda fraca com o encolhimento nos investimentos- e os Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (24,5%), impactados pela desinflação dos alimentos. Já o segmento de móveis, que é mais dependente do crédito, apresentou queda de 22,9%.

O varejo nacional registrou alta de 3,1% no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano passado- o quarto resultado positivo consecutivo, após 23 taxas negativas- e variação da receita em 1,2%. No acumulado de 12 meses, o setor fechou com queda de 2,3% e a receita nominal atingiu 2,8%.

Emprego reage lentamente

Com a retomada do setor, a expectativa é começar a reverter a situação do mercado de trabalho. Apesar de Santa Catarina ter o menor índice de desemprego, a taxa de desocupação cresceu a passos largos desde o segundo semestre de 2015. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, mostram que o comércio continua demitindo mais do que contratando (fechou 6.576 vagas no primeiro semestre de 2017), mas os números negativos estão desacelerando e estão inferiores aos dois anos anteriores.

“A empregabilidade é a última a se recuperar após uma recessão, por que demora para o mercado conseguir absorver todo o contingente que está sem trabalho. A produção e o consumo reagem antes, como já podemos visualizar", explica o economista da Federação, Luciano Córdova. O nível de estoque de empregos formais que Santa Catarina tinha em 2014, no período de pleno emprego, só deve recuperado em 2019.

 

 

 

Leia também

INSTITUCIONAL 22 abril, 2024

Fecomércio SC apresenta 5ª Agenda Legislativa para parlamentares catarinenses em Brasília

ECONOMIA 18 abril, 2024

Pesquisa indica aumento de 13% na expectativa de gasto médio para o Dia das Mães, relacionado ao ano anterior

ECONOMIA 18 abril, 2024

Indicadores internacionais positivos no Turismo de SC em 2024

ECONOMIA 16 abril, 2024

Taxa de endividamento das famílias catarinenses cai em abril, aponta pesquisa