Consumo deve continuar em alta até final do ano

Crescimento da renda e do emprego prometem continuar alavancando o bom desempenho do consumo das famílias catarinenses, é o que revela o índice mensal que avalia a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Santa Catarina de setembro.

O levantamento, divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio) e Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou elevação de 2%. Na avaliação da Fecomércio, na origem desta expansão está a aproximação das festas de fim de ano, que tendem a impactar fortemente na perspectiva de consumo das famílias.

Paralelo a isso, outro elemento que explica o crescimento do ICF de setembro em relação a agosto é o item que questiona a perspectiva de consumo das famílias, que apresentou um crescimento mensal de 12,7%

O acesso ao crédito cresceu, tanto em relação ao mês anterior (2,2%), quanto em relação ao mesmo período do ano anterior (4%). Com isso, 67,1% dos entrevistados afirmaram que as condições atuais de crédito estão mais fáceis que no ano.

Outro dado que registrou um índice elevado foi o item momento para duráveis. O indicador apresentou um excelente patamar de 173,1 pontos. Este teve um crescimento de 51% em relação ao ano anterior.

Segundo a Fecomércio, na origem destes números estão as ótimas condições de crédito para a compra de bens duráveis e também o acesso aos bens importados, que por terem preços mais baixos, ajudaram a criar a idéia de que vivemos um bom momento para os duráveis.

Para se ter uma idéia, 85% dos consumidores catarinenses afirmaram que o momento atual é bom para a aquisição de duráveis. Comportamento este que é bastante semelhante entre as duas faixas de renda avaliadas na pesquisa.

Por outro lado, o levantamento apontou pequena queda mensal nos indicadores de emprego atual e de renda atual, ambas de 2,4%. Mas na comparação anual houve um crescimento considerável no emprego (1,2%) e, principalmente, na renda (9,4%).

Outra questão analisada, o nível de consumo atual apresentou pequena queda mensal de 1,9%, porém cresceu 10% na comparação anual.

Com relação à perspectiva profissional, apesar do crescimento mensal de 4,3%, o item apresentou queda de 29,4% em relação a setembro de 2010. O número indica uma grande queda na satisfação dos empregados com sua situação empregatícia atual.

Chama a atenção que os consumidores com renda maior que 10 salários mínimos têm baixa perspectiva profissional, com um índice de apenas 90,4 pontos. Ao contrário das famílias com menos de 10 salários mínimos de rendimento, que ficaram com a perspectiva profissional em 107,1 pontos.