PESQUISA

Mais de 90% dos turistas pretendem voltar a SC na próxima temporada, aponta pesquisa

Atualizado em 12 agosto, 2019

A chamada ‘supertemporada’ 2015/2016 consolidou o turismo como um dos motores da economia em Santa Catarina e atraiu os olhares para um dos destinos mais dinâmicos do país. Nesta sexta-feira (29), a Fecomércio SC apresentou os resultados da Pesquisa de Turismo – que mapeou o perfil de quem visitou o litoral catarinense neste verão e os impactos para os empresários – e debateu com representantes do trade as soluções para a próxima temporada.

Confira a pesquisa na íntegra​

O evento reuniu Filipe Mello (Secretaria Estadual de Turismo, Cultura e Esporte), Valdir Walendowsky (presidente da Santur), Vinicius Lummertz (ex presidente da Embratur), Fernando Willrich (vice-presidente de turismo da Fecomércio SC), João Moritz (presidente da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio SC), entre outras lideranças empresariais.

“A pesquisa aponta que a estada foi considerada positiva, tanto que mais de 91% dos turistas têm intenção de voltar. Os meios de hospedagem e a receptividade dos moradores foram muito bem avaliados, o que ajuda a fidelizar o “cliente” de Santa Catarina. O levantamento desses dados devem suprir uma lacuna estatística do setor e trazer indicadores que possam orientar a atividade turística, tanto para as empresas, como para o governo”, avalia Willrich.

Os dados foram levantados em quatro pontos do Litoral: Florianópolis, Balneário Camboriú (Litoral Norte), Imbituba (Sul) e São Francisco do Sul (Norte) para englobar os diferentes comportamentos em cada região.

 

Raio-x do setor

Neste ano, o estado recebeu um público flutuante maior do que a própria população, estimada em sete milhões. Em média, o maior número de turistas está na faixa etária dos 31 aos 50 anos (50,6%) e é casado ou em união estável (60,3%), com leve predominância do sexo feminino (50,7%). Destaque para o público acima dos 60 anos, que teve maior representatividade em Balneário Camboriú (13,9%), índice de casados em São Francisco do Sul (mais de 70%) e de solteiros em Florianópolis (44,1%).

Embora os hermanos tenham vindo em peso a SC (18,1%), mais do que o dobro de 2015 (7,6%), os brasileiros representaram a maior fatia dos turistas (76,6%), vindos especialmente do RS e PR. A Capital recebeu o maior percentual de turistas estrangeiros (45%). Já em Imbituba, o número de argentinos saltou de 8% no ano passado para 25,7% em 2016, mais do que triplicou.

“O estado de São Paulo é um grande emissor de turista no país e nós recebemos apenas 10% desse público na temporada, atrás do gaúcho (28,8%), paranaense (28,2%) e interno (24,3%). Temos um potencial para explorar”, afirma Walendowsky.

Mais da metade (52,8%) dos frequentadores do Litoral Catarinense estão situados na classe C, com renda média familiar mensal nas faixas de R$ 1.510 a R$ 6.506. Quanto ao gasto médio, 24,9% dos desembolsaram menos de R$ 920,00; 24,3% entre R$ 920,00 e R$ 1.899,99; 24,4% de R$ 1.900,00 a R$ 3.699,99 (tíquete médio) e 26,5% gastaram R$ 3.700,00 ou mais.

“Neste verão, a escolha do meio de hospedagem em Santa Catarina foi bastante variada, movimentando hotelaria e imobliárias”, aponta João Moritz. Conforme a pesquisa, 31,4% ficaram em casas alugadas, 20,9% em pousadas, 18,5% em casa de parentes e amigos e 14,1 % em hotel. Enquanto em Florianópolis o setor de hotelaria (hotéis e pousadas) somou 42,1% das opções, em São Francisco do Sul, 56,6% dos turistas alugaram casas de veraneio. Já Balneário Camboriú destacou-se por conta dos imóveis próprios (22,9%).

Mesmo que o turismo catarinense esteja conquistando o protagonismo no cenário nacional nas últimas temporadas, o setor ainda precisa avançar em infraestrutura das praias (22% consideraram de regular a péssimo) e serviços de orientação ao turista, atributo com o maior percentual de não uso (67%).

O movimento nas estradas já sinalizava de que o carro foi o meio de transporte preferido nesta estação: 74% vieram com veículo próprio, 12,4% de avião e 9,6% de ônibus regular. “Os dados confirmam a necessidade de ter uma malha viária que atenda essa demanda, com segurança e comodidade para os motoristas. Também precisamos investir no receptivo para esse público e já estamos prevendo aplicativo e centro de atendimento móvel para o próximo ano. A informação precisa chegar ao turista”, pondera o secretário Filipe Mello.

Sob a perspectiva dos empresários de diversos setores de comércio e serviços, impactados diretamente pela movimentação de turistas, a temporada reaqueceu o mercado de trabalho: 26,7% dos estabelecimentos contrataram colaboradores temporários para atender a demanda. Os maiores percentuais de contratação foram em Imbituba e São Francisco do Sul.

A maioria dos empresários entrevistados (61,3%) também avaliou os estabelecimentos tiveram um faturamento de 0% a 39% maior do que na temporada de verão de 2015.

Leia também

INSTITUCIONAL 22 abril, 2024

Fecomércio SC apresenta 5ª Agenda Legislativa para parlamentares catarinenses em Brasília

ECONOMIA 18 abril, 2024

Pesquisa indica aumento de 13% na expectativa de gasto médio para o Dia das Mães, relacionado ao ano anterior

ECONOMIA 18 abril, 2024

Indicadores internacionais positivos no Turismo de SC em 2024

ECONOMIA 16 abril, 2024

Taxa de endividamento das famílias catarinenses cai em abril, aponta pesquisa