Retração econômica mina a confiança das famílias catarinenses em relação ao consumo

Atualizado em 22 abril, 2015

Pelo segundo mês seguido, o nível de consumo atual das famílias catarinenses ficou no patamar abaixo dos 100 pontos (limite entre pessimismo e otimismo na escala de 0 a 200), de acordo com a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do mês de abril, divulgada pela Fecomércio SC. O índice caiu -12,7% em relação a março e -21,1% na comparação com abril de 2014, descendo para a marca dos 85,4 pontos. Como um todo, o ICF caiu -8,4% na comparação mensal e -20,5% na variação anual, marcando 111,3 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 2010.

Os itens emprego e renda apresentam números declinantes frente à perspectiva de retração econômica em 2015. O nível de emprego, entre março e abril, caiu -4,5% e -9,4% no mês e no ano, respectivamente. A confiança em relação à renda atual caiu -2,1% na comparação mensal e -1,6% na comparação anual. O índice de perspectiva profissional também teve quedas mensal e anual, de -2,3% e -9,1%, respectivamento, e ficou no marco negativo dos 95 pontos.

A maior queda comparativa foi no indicador de perspectiva de consumo, que declinou -23,7% entre março e abril e -50,8% na comparação anual. O indicador registrou 64,9 pontos em abril, o menor de toda a série histórica, considerado extremamente baixo. O resultado desse pessimismo das famílias catarinenses já pode ser visto no índice de volume de vendas que chegou a -0,4% em Santa Catarina, no acumulado de 12 meses, segundo dados do IBGE.

O acesso ao crédito, em termos mensais, apresentou uma queda de -9,1%. Na comparação anual uma forte queda de -23,1%. O resultado negativo no mês revela que as condições de pagamento estão debilitadas, devido às altas taxas de juros e ao elevado comprometimento da renda com dívidas. Porém, em termos absolutos, o índice ainda é considerado alto, com 120,5 pontos.

O momento para duráveis, em sintonia com a perspectiva de consumo, caiu -10,9% entre março e abril. No contexto anual, o indicador registrou queda de -29,3%. Mais uma vez, a queda nos indicadores mensais e anuais reflete a retração do crédito, bem como as medidas de ajustes adotadas pelo governo, as quais reforçam as pressões inflacionárias.

Veja a pesquisa completa aqui.
 

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