Varejo catarinense volta a apresentar resultado negativo em abril

Atualizado em 16 junho, 2015

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do mês de abril, divulgada pelo IBGE, revelou que o comércio varejista catarinense voltou a apresentar índice negativo depois de uma mínima retomada em março no volume de vendas acumulado de 12 meses. O indicador apresentou uma queda, passando de 0,1% em março para -0,3% em abril.

O resultado preocupa, já que clima de confiança dos empresários, conforme pesquisa divulgada recentemente pela Fecomércio SC, é de pessimismo, pois a desaceleração do setor está se prolongando. Isso prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a retração econômica. A inflação persistente, corroborada pelo aumento do preço dos insumos básicos como energia e combustíveis, e também dos alimentos, está corroendo a renda real das famílias e diminuindo os recursos disponíveis para o consumo. Além disso, observa-se uma maior restrição ao crédito, através das elevadas taxas de juros que batem recordes mês a mês (no mês de abril, a taxa de juros para pessoa física chegou a 118% ao ano). A esse quadro também se associa a perspectiva de desaceleração do emprego.

De acordo com a PMC de abril, o comércio varejista catarinense apresentou uma variação de 1,4% no volume de vendas na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o volume de vendas chegou a – 0,3%. Quanto à receita nominal,a variação acumulada em 12 meses é de 5,5%, diminuição em relação aos 6% de março. Nos segmentos, é possível destacar o crescimento de 8,8% nos Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, no acumulado de 12 meses. Combustíveiss e lubrificantes cresceram 3,1%; Hipermercados e supermercados tiveram queda de -3,9%; Tecidos, vestuário e calçados, crescimento de 3,5%; Móveis e eletrodomésticos (0,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,1%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-0,1%).

Brasil

No país, em abril de 2015, o comércio varejista registrou variação de -0,4% no volume de vendas e de 0,3% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. No caso do volume, é o terceiro mês consecutivo com resultado negativo. Já o resultado da receita nominal reverte o quadro negativo do mês anterior. Quanto à média móvel trimestral, o volume de vendas registrou variação de -0,6%, enquanto a receita apresentou taxa de 0,1%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo apresentou, em termos de volume de vendas, decréscimo de -3,5% sobre abril do ano anterior, acumulando variações de -1,5% no ano e de 0,2% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou variação de 2,5%, 4,7% e de 6,4%, respectivamente.
 

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