ECONOMIA

Volume de vendas no comércio mantém tendência de queda em SC

Atualizado em 07 maio, 2021

O volume de venda do comércio em Santa Catarina recuou 0,6% em março na comparação com fevereiro, resultado equivalente ao nível nacional. Esse movimento negativo atinge o quarto mês seguido, totalizando média de queda de 2,5% entre dezembro e março na série com ajuste sazonal. O comércio varejista teve forte acréscimo de 7,6% na variação mensal e 1,7% no acumulado do ano- movimento oposto ao ritmo nacional, que encerrou o primeiro trimestre com queda de 0,6%.

Em relação ao comércio ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, a tendência é semelhante, já que houve diminuição de 1,4% na comparação com o mês imediatamente anterior e acréscimo de 25,8% comparado ao mesmo mês do ano anterior.

Dentre os 10 principais grupos de atividades da pesquisa, seis apresentam variação negativa nos últimos 12 meses, destacando-se os ramos de livrarias e papelarias (-33,7%), equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (-36,5%), combustíveis e lubrificantes (-8,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,5%).

Recuperação desigual

Reforça a preocupação com os setores específicos a movimentação de saldo de empregos, que encerrou o 1º trimestre do ano com redução de 1.666 vagas de emprego no comércio varejista, sendo que somente o comércio artigos de vestuários e acessório fechou 1565 postos de trabalho.

O comércio em Santa Catarina, em nível geral, reverteu as perdas ocorridas antes e durante a crise inicial, mas a retomada das atividades não é linear e diversos segmentos que tiveram restrições por longos períodos de tempo ainda sofrem efeitos negativos. Por isso, a recuperação permanece desigual e muitos setores acumulam perdas até o presente momento. A tendência mensal segue movimento de baixa, refletindo as incertezas do mercado quanto ao retorno sustentável das atividades econômicas.

Sinais desanimadores

O cenário ainda é de muita incerteza, especialmente com a possível reversão da tendência econômica e a lenta perspectiva da vacinação em larga escala. Os indicadores econômicos relativos ao primeiro trimestre do ano já indicam sinais desanimadores, com níveis de preços acelerado e aumento das taxas de juros de mercado– condições que reduzem o espaço para o consumo ao diminuir o poder de compra das famílias e pressionam negativamente o acesso ao crédito. Reforça essa tendência os resultados da pesquisa realizada pela Fecomércio SC que indica a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses. O índice encerrou o mês de abril com 51,2 pontos, queda de 52,1% comparada ao mesmo período do ano anterior (106,90), momento em que indicava expectativas positivas das famílias.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Santa Catarina (ICEC-SC) reduziu 21,5% na variação mensal e está em 86,1 pontos, o que representa a segunda maior e mais abrupta variação negativa mensal desde o início da série histórica, em 2010.

Acompanhe a evolução do setor de forma dinâmica:

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