ECONOMIA

Comércio catarinense começa 2021 com queda nas vendas

Atualizado em 15 março, 2021

O varejo de SC vem perdendo o ritmo das vendas desde o ano passado por conta da crise econômica provocada pela Covid-19. Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), referente a janeiro de 2021, o setor começou o ano em um cenário desfavorável.

O volume de vendas do varejo ampliado, que inclui materiais de construção e veículos, caiu 0,4% em janeiro, após registrar recuo de 5,7% em dezembro na comparação com o mês imediatamente anterior.  Em relação a janeiro de 2020, o crescimento é de apenas 0,4%.

Em Santa Catarina, onde a situação é bastante preocupante devido ao nível de ocupação de leitos de UTI (99,1%), a variação do volume de vendas é diferente entre as atividades. A queda no volume de vendas de combustíveis e lubrificantes ficou em -6,2% na comparação anual, enquanto acumulou queda de 11,3% em 2020. As outras atividades apresentaram desaceleração no volume de vendas, o que também afetou aquelas que já estavam em patamar negativo, como “livros, jornais, revistas e papelaria” (-42,0%), que superou as perdas relacionadas a “Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação” (-39,6%). Já o comércio de tecidos, vestuário e calçados retornou a patamar positivo na comparação com janeiro de 2020, ainda que isso esteja relacionado a um movimento sazonal na aquisição deste tipo de produto.

Em janeiro, apenas duas unidades federativas registraram variação positiva em relação ao mês anterior. Porém, o dado mais preocupante foi a queda de -33,9% que ocorreu no estado do Amazonas, onde surgiu a variante P.1. da COVID-19, que já circula praticamente em todo o país com taxas de transmissão e letalidade superiores. Segundo o IBGE, a queda no volume de vendas do comércio se deve às restrições que ocorreram para conter a disseminação da doença num cenário de colapso do sistema de saúde. O IBGE não divulgou os dados do comércio desagregado por atividades para o estado.

Impacto do auxílio

O comércio ampliado em dezembro tinha variado positivamente apenas em uma unidade federativa: o Amapá. A principal razão para isso foi a continuidade do Auxílio Emergencial (AE), dado que é o estado que teve maior proporção de domicílios recebendo (70,1%), segundo a PNAD COVID-19 de Novembro/2020. A PMC de setembro, quando houve redução de 50% no valor do AE, apresentou uma relação visível entre o desempenho do comércio nas unidades federativas e a proporção de domicílios recebendo o auxílio, assim como em relação à taxa de desemprego. O valor foi essencial para garantir a segurança financeira das famílias mais vulneráveis durante a crise sanitária e econômica relacionada à pandemia.

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