MERCADO

Fecomércio SC incorpora área de mercado de capitais à Câmara Empresarial de Comércio Exterior

Atualizado em 21 maio, 2019

Santa Catarina tem 21 empresas com ações listadas na Bolsa de Valores, 117 S/As que não estão listadas e cerca de 70 com potencial para abertura de capital, segundo levantamento do Jornal Valor Econômico. O terreno é fértil de oportunidades para quem quer crescer, mas os negócios catarinenses ainda precisam de boas práticas de governança corporativa e se aproximar de quem quer investir.

Para atualizar as empresas de acordo com as novas dinâmicas do mercado internacional e promover uma ponte com os agentes financeiros e fundos de investimento, a Fecomércio SC incorpora a partir do mês de maio a área de Mercado de Capitais e Governança Corporativa à Câmara Empresarial de Comércio Exterior.

Em entrevista, o empresário e advogado Charles Machado, presidente da Câmara Empresarial de Mercado de Capitais e Comércio Exterior, fala sobre os novos desafios.

Por estar afastada do grande mercado de capitais, Santa Catarina acaba sendo excluída de muitas oportunidades? Como mudar este cenário?

O Brasil ainda está engatinhando no mercado de capitais. Entre as 2 mil empresas foco para a abertura de capital no país,12% corresponde a fatia de Santa Catarina, no entanto, nós temos  menos de 5% de empresa com capital aberto na bolsa. Ou seja, há um descompasso entre aquilo que o mercado quer e aquilo que nós conseguimos ofertar.

Então, é preciso que a gente construa um caminho, uma ponte entre o mercado de capitais e essas empresas. Queremos elevar as empresas a um novo patamar, principalmente do setor de Serviços, de maneira que elas possam ser visualizadas pelo grande capital, que infelizmente não está em Santa Catarina.

A economia mundial caminha para a consolidação de empresas com estruturas de capital mais aperfeiçoadas. Como a câmara setorial vai atuar para trazer as melhores alternativas e soluções, atualizando empresários e empresa?  

O mercado de capitais tem amplo interesse na forma de gestão das empresas catarinenses. A Câmara pretende preparar as empresas catarinenses para captação de recursos e crescimento, com regras de governança corporativa. Se não for para o mercado de capital aberto, vai no mínimo prepará-las para serem melhores gestoras. Sem governança nenhum fundo de investimento vai aportar recursos.

Inúmeras empresas catarinenses, por exemplo, não têm preparado seu planejamento sucessório e isso contribui imensamente para a continuidade do negócio.

Vamos capacitar empresas e empresários por meio de cursos, palestras, debates, treinamentos, seminários e eventos para potencializar as relações com investidores e instituições do mercado.

Como será a agenda da entidade com a incorporação da nova área?

Entre as novas pautas do órgão consultivo está o planejamento sucessório, alianças, fusões e aquisições, redução do risco patrimonial, precificação dos negócios, lançamento de debentures e sucessão familiar. O Estado tem uma forte cultura de empresa familiar, algumas já na segunda ou terceira geração. Uma das atribuições da câmara será preparar as novas gerações de acionistas, não apenas de herdeiros, com boas práticas corporativas.

A Câmara também agregará consultorias e novos setores de serviços, como corretoras de câmbio, valores, seguros.

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