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Pandemia derruba confiança do empresário e congela consumo em SC

Atualizado em 30 novembro, 2021

Os indicadores econômicos estão oscilando de forma global desde o início da pandemia do Covid-19. Os reflexos negativos  da crise sanitária e econômica apareceram rápido no comportamento do catarinense. Os três índices apurados pela Fecomércio SC registraram variação significativa em abril: a confiança do empresário do comércio caiu -13,93%, o percentual de endividados passou de 51,5% para 49,2% e a intenção de consumo das famílias, fortemente impactado pela quarentena, recuou -7,6%.

“No momento, as medidas mais importantes para conter a queda no consumo e, consequentemente, na confiança do empresário são as políticas de manutenção do emprego e da renda, assim como a ampliação do crédito que possibilite reduzir taxas de juros e o risco de inadimplência. No âmbito das empresas, será preciso entender as alterações no comportamento do consumidor e se adaptar rapidamente às novas formas de se relacionar com ele. É um momento de mudança cultural drástica e as soluções virão do espírito empreendedor catarinense”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

CONFIANÇA

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Santa Catarina (ICEC) comprova que a percepção está bastante abalada diante do ambiente de incerteza. Após registrar por três meses seguidos as maiores variações da série histórica, o índice ficou em 114,9 pontos em abril. Este movimento aponta uma tendência de reversão do otimismo observado anteriormente.O subíndice que teve a maior variação foi a Expectativa da Economia Brasileira, que despencou -23,16% na passagem do mês.

Para analisar o humor do mercado e as prospecções, o indicador leva em consideração a situação atual da economia, do setor e das empresas do comércio, nível atual e futuro de investimentos, situação dos estoques, entre outras variáveis.

> Confira a pesquisa de abril

Os dados estão disponíveis mensalmente no site

CONSUMO

Com as medidas emergenciais de isolamento social, suspensão das atividades e insegurança em relação ao emprego e renda, o consumo passou a ser ainda mais cauteloso. A Intenção de consumo das famílias (ICF) de abril ficou em 106,9 pontos numa escala de 0 a 200.

O subíndice ‘Momento para duráveis’, que mede a intenção de comprar um bem durável, caiu 10,0% no mês e 17,0% no ano, e o acesso ao crédito recuou -9,1% e -10,3%, respectivamente.  Caso nenhuma ação efetiva seja adotada, a perspectiva para os próximos meses é de maior restrição no acesso ao crédito, especialmente ao consumidor, com aumento generalizado das taxas de juros.

O índice pondera uma série de fatores- situação e a perspectiva de emprego, renda, acesso ao crédito, nível de consumo e condições de adquirir bens duráveis- para medir a capacidade de consumo das famílias.

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ENDIVIDAMENTO

Com o consumo congelado, o endividamento também caiu em abril, uma vez que o índice é um termômetro da atividade econômica. A inadimplência recuou (15,3%) em abril em relação a março (19,2%), porém está próximo ao percentual do ano passado (15,7%).  O cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento. Em abril foi responsável pela maioria das dívidas (75,8%)- o maior índice desde abril de 2019.

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