Venda no varejo cai 1,1% em março na comparação com 2013

Atualizado em 15 maio, 2014

Pesquisa do IBGE divulgada nesta quinta-feira apontou que, em março, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista do país caiu 0,5% e a receita nominal cresceu 0,5%, ambas em relação a fevereiro. Na relação anual, entre março de 2014 e março de 2013, o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, decréscimo da ordem de 1,1% sobre março do ano anterior, sendo este o primeiro resultado interanual negativo depois de 12 meses de crescimento. Em termos acumulados, a variação foi de 4,5% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 4,7% e de 11,6%, respectivamente.

Nos resultados de março sobre o mês anterior, três das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram os seguintes: Móveis e eletrodomésticos (1,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%); Veículos e motos, partes e peças (-0,6%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%); Combustíveis e lubrificantes (-1,5%); Material de construção (-3,1%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,5%).

Já na relação março14/março13 (série sem ajuste), cinco das oito atividades do varejo apresentaram resultados negativos no volume de vendas. Por ordem de importância na formação do taxa global, as variações com impactos negativos foram as seguintes: -2,8% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -7,3% para Tecidos, vestuário e calçados; -3,8% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; -4,9% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; -8,2% em Livros, jornais, revistas e papelaria. As variações positivas, também por ordem de importância, foram 9,6% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 4,0% para Combustíveis e lubrificantes; e 3,8% em Móveis e eletrodomésticos.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou variação negativa de 1,2% para o volume de vendas e de 0,1% para a receita nominal de vendas, ambas com ajuste sazonal (comparadas com fevereiro de 2014). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 5,7% para o volume de vendas e de 0,4% na receita nominal de vendas. No que tange às taxas acumuladas, os aumentos foram de 2,1% no ano e de 3,2% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de 7,2% e 8,7% para a receita nominal, respectivamente.

SC em situação pior

No comércio varejista de Santa Catarina, a situação foi pior, a variação no volume de vendas mensal, com ajuste sazonal, foi negativa em 2,7% e a da receita nominal obteve queda de 1,1%. Na comparação anual, entre março de 2014 e março de 2013, a queda foi de 3,6% no volume de vendas e crescimento de 1,9% na receita nominal. No acumulado de 12 meses, o volume de vendas cresceu moderados 2,9%, enquanto que a receita nominal subiu 9,9% – ambas as variações, apesar de positivas, denotam desaceleração em relação aos meses anteriores.

Assim, o comércio, tanto em nível nacional quanto estadual, reforça os sinais de estagnação, muito em função da expansão mais modesta da renda real – o Brasil registrou a menor alta da massa salarial em 9 anos com variação de 2,9% em 2013 comparado com o ano anterior. Soma-se a isso a confiança mais baixa do consumidor, a retirada dos incentivos tributários, o aumento dos juros sem a diminuição correspondente do nível de preços e a expansão mais modesta do crédito.
 

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