Catarinenses gastaram em média R$ 167,75 com o Dia dos Namorados

Atualizado em 03 janeiro, 2018

Os catarinenses gastaram com o Dia dos Namorados a média de R$ 167,75. Conforme a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), o desembolso foi superior ao do ano passado, quando o gasto com a data foi de R$ 149,33 por pessoa.

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Florianópolis foi a cidade onde os namorados gastaram mais com o dia (R$ 274,63), seguida de Joinville (R$ 211,76) e Criciúma (R$ 163,19). Os lageanos foram os que menos desembolsaram com a data (R$ 104,70). Os dados foram obtidos nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Lages e Itajaí, entre os dias 13 e 16 de junho, com 620 empresas do comércio catarinense.

Entre as sete cidades pesquisadas, duas reduziram o gasto com o Dia dos Namorados, em comparação com o ano passado. Chapecó, com redução de R$ 198,02, em 2013, para R$ 138,67, em 2014; e Lages, de R$ 121,89 para R$ 104,70. Nas outras cidades, o gasto foi superior ao de 2013.

Poucas contratações e faturamento negativo

O estudo aponta ainda que um número reduzido de empresas contratou novos trabalhadores para atender o aumento da demanda do período. Somente 11,6% (valor menor que do ano passado) das empresas declararam ter investido em mão de obra extra. Entre os empresários que contrataram, a média de funcionários temporários foi de 0,34 por empresa. A variação do faturamento em relação ao ano anterior foi de -0,2.

“Em um primeiro momento, a informação parece contradizer o aumento do gasto médio. Entretanto, ele está de acordo com o atual momento da economia catarinense e nacional, onde a situação econômica não tão positiva como em anos anteriores está fazendo com que as famílias não consumam com o mesmo vigor de antigamente. Ou seja, o movimento caiu se comparado ao ano anterior, com as famílias de consumo popular e renda menor deixando de consumir neste Dia dos Namorados, o que eleva o gasto médio, mas diminui o montante consumido”, explica o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Na comparação com o mês anterior o crescimento do faturamento foi de expressivos 8,3%, mostrando que, mesmo com queda anual, o Dia dos Namorados continua sendo uma data muito expressiva para as vendas e o faturamento das empresas do comércio catarinense.

Na avaliação de Sergio Medeiros, presidente da FCDL/SC, a variação do faturamento ficou muito próxima das vendas no crediário, medidas pelo SPC/SC, que apontaram crescimento de 0,2% em relação a 2013:

“Essa pequena diferença mostra que o comportamento do consumidor tem variado de forma uniforme, sem migrações de um modo de pagamento para outro. O baixo índice de negócios a prazo reforça nossa crítica aos altos juros que prejudicam em muito as vendas no varejo, já que o consumidor que deixa de comprar a prazo não o faz à vista, enfatiza.

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Forma de pagamento

A forma de pagamento mais usada foi à vista, com o uso do cartão de crédito. Pelo menos 35,2% dos catarinenses entrevistados declararam a preferência. A segunda opção ficou com o pagamento também com o cartão de crédito, mas parcelado (23,1%).

Avaliação econômica

A pesquisa da Fecomércio SC e da FCDL/ SC mostra que mesmo com um gasto médio, em termos reais, maior do que o do ano passado nas compras de Dia dos Namorados, a variação do faturamento das empresas caiu 0,2%. Este resultado demonstra que o volume de vendas no estado está crescendo menos – segundo dados do IBGE desde novembro de 2012.

Apesar disso, a situação ainda não é totalmente preocupante, já que houve grande crescimento das vendas em relação ao mês anterior, demonstrando a importância da data para o desempenho do comércio no Estado.

Por fim, a preponderância do pagamento à vista produz uma provável melhoria na situação financeira das famílias, que buscaram menos endividamento no período. O reflexo disso, com a provável manutenção dos ganhos de renda da economia, pode ser uma recuperação das vendas no segundo semestre, já que as famílias tendem a estar menos endividadas e com maior potencial de compra.

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