Endividamento estável em setembro é sinônimo de retração no comércio

Atualizado em 26 setembro, 2014

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores catarinenses de setembro de 2014 apresentou estabilidade tanto no endividamento das famílias quanto na inadimplência. O endividamento dos consumidores catarinenses caiu 0,7 pontos percentuais na comparação com agosto (que era de 57,8%). Na comparação anual, porém, houve alta de 1,6 p.p. O percentual de famílias endividadas, que era de 55,5%, subiu para 57,1%.

O cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento dos catarinenses, com 59,1%. Em segundo, terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, os carnês (42,7%), os financiamentos de carro (33,2%) e o crédito consignado (26,1%). A maioria das famílias tem dívidas por mais de um ano (47,3%), e a parcela da renda comprometida com dívidas subiu, passando de uma média de 30,7%, em agosto, para 31,4%, em setembro, níveis que geram certa preocupação. A quantidade de famílias com contas em atraso apresentou queda: de 31% de famílias com contas em atraso em agosto, temos, em setembro, 27,7% entre os endividados.

Florianópolis é a cidade com o maior percentual de famílias endividadas, com 85,7%, seguida por Joinville, com 53,6%, e Itajaí, com 40,7%. A Capital também lidera no percentual de famílias que não terão condições de pagar, com 9,3%. Nesse quesito, Blumenau é a melhor posicionada, com apenas 1,9% de famílias sem condições de pagar suas dívidas. Em relação aos tipos de dívida nas cidades, o cartão de crédito continua sendo o principal agente do endividamento, com destaque para Florianópolis, com 65,4%.

Opção por não se endividar

O resultado da PEIC de setembro indica que, em função das maiores dificuldades da economia, do menor otimismo dos consumidores e, principalmente, das altas taxas de juros cobradas atualmente, as famílias estão optando por não se endividar mais. Desse modo, o varejo vem sentindo o impacto do menor ritmo de endividamento em seu volume reduzido de vendas. Isto é, o crescimento anual das dívidas – associado ao aumento dos juros – está impactando na capacidade das famílias efetivarem novas compras com o recurso do crédito, e não no aumento da inadimplência. Com isso, o sistema financeiro permanece saudável; mas, por outro lado, o comércio e a economia, como um todo, se deterioram. 

Confira a pesquisa na íntegra aqui.

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