Endividamento fecha primeiro semestre estável em SC

Atualizado em 13 julho, 2016

Após cinco meses de queda, o índice de endividamento dos catarinenses estabilizouem junho (57,4%), na comparação com o mês anterior. Já os indicadores que medem o número de famílias com dívidas ou contas em atraso (18,5%) e aquelas que não terão condições de pagar (10,6%) tiveram alta, de acordo com a pesquisa de endividamento e inadimplência dos consumidores catarinenses (PEIC-SC).

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A expectativa é que os percentuais voltem a cair nos próximos meses. O adiantamento de parte do 13º aos servidores do Estado, nesta sexta-feira (15), deve dinamizar o consumo e ter impacto na inadimplência. O Governo do Estado vai injetar R$ 2,3 bilhões na economia catarinense com o pagamento dos salários dos meses de junho e julho, mais os 50% do 13º.Conforme pesquisa da Federação, 45% do pagamento devem ser para compras e 40% destinados para quitação de dívidas antigas.

Os dados do primeiro semestre mostram que depois de o endividamento atingir máxima histórica – 62,9 % em dezembro – o consumidor está mais adequado à conjuntura desafiadora.

“Neste período de economia em marcha lenta, com taxas da inflação e juros elevados, os catarinenses passaram a ser mais cautelosos na compra e com controle orçamentário rigoroso, evitando contrair débitos desnecessários numa época de incerteza no emprego. Os indicadores podem desacelerar com a estabilidade política e a consequente reação da economia”, pontua Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

A praticidade do cartão de crédito, até então a forma mais acessível para adquirir empréstimos pelas financeiras e bancos, potencializa o endividamento em SC. Desde o início do ano ocupa o topo do ranking das dívidas dos catarinenses (50%). Os carnês (34,5%), financiamento de carro (28,2%) e o financiamento de casa (19,2%) aparecem em seguida.

Cerca de 30% da renda das famílias está comprometida com o pagamento de contas atrasadas. Entre as cidades, Florianópolis tem o maior percentual de famílias endividadas (84,8%), seguido por Itajaí (53,7%) e Blumenau (50,8%). A Capital responde também pelo maior percentual de inadimplentes (22,8%) e Chapecó (11,7%) pelo menor. É de Itajaí a liderança nas famílias que não terão condições de pagar. 

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