Inflação cai em agosto e acumulado do ano é o menor desde Plano Real

Atualizado em 28 junho, 2018

Recuo é resultado da desaceleração no preço dos alimentos

A inflação brasileira manteve a trajetória de queda em agosto, no acumulado de 12 meses, mesmo com o aumento dos preços dos combustíveis, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo é resultado principalmente da desaceleração no preço dos alimentos, o que traz mais poder de compra ao consumidor e auxilia no processo de recuperação do comércio, setor que já vem apresentando volume de vendas positivo desde o começo do ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,19%, após variação de 0,24% em julho – a menor variação mensal desde 2010 (0,04%).  Em agosto de 2016, a variação havia sido de 0,44%. 

No ano, o índice ficou em 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados no mesmo período em 2016. Este resultado também foi o menor desde a implantação do Plano Real, em 1994.  

Em outra base de comparação que aponta a tendência do índice, o acumulado entre setembro de 2016 e agosto de 2017, a inflação desacelerou para 2,46%, inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Esta foi a menor variação (0,25%) acumulada em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%).

Em agosto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e Bebidas  (-1,07%) e Comunicação (-0,56) apresentaram sinal negativo. Já os grupos Transportes (1,53%) e Habitação (0,57%) tiveram alta.  “Os preços dos alimentos estão menores há quatro meses consecutivos por conta da safra recorde, e as contas de telefone celular ficaram, em média, 1,57% mais baratas, impactando no índice da Comunicação. Apesar da queda de 15,16% nas passagens aéreas, o grupo Transportes- que pesam bastante no IPCA do mês- teve alta de 1,53% nos preços, puxado pelos combustíveis (6,67%). O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro. Já a gasolina subiu 7,19% em razão do aumento na alíquota do PIS/COFINS em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis”, explica o economista da  Fecomércio SC, Luciano Córdova.

Para o decorrer de 2017, a expectativa é de estabilização da inflação abaixo da meta de 4,5%. Este movimento pode trazer mais reduções da taxa básica de juros nas próximas reuniões do COPOM, permitindo, assim, maior expansão do crédito, outro elemento dinamizador do consumo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de -0,03% em agosto, ficando abaixo da taxa de 0,17% de julho. No ano, o acumulado foi de 1,27%, bem abaixo dos 6,09% registrados em igual período do ano passado. Considerando-se os últimos doze meses, o índice desceu para 1,73%, menor do que os 2,08% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2016, o INPC registrou 0,31%. 

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