POLÍTICA

Carta do Comércio apresenta desafios do setor terciário para candidatos ao governo de SC

Atualizado em 30 janeiro, 2019

Infraestrutura e o sistema tributário devem ser os principais desafios para o novo líder do governo estadual, conforme sinaliza a Carta do Comércio, apresentada aos candidatos  Décio Lima (PT), Gelson Merísio (PSD) e Mauro Mariani (MDB), nesta terça-feira (18 de setembro de 2018), durante painel no auditório da Fecomércio SC.

Confira a galeria de fotos

O documento produzido pela Fecomércio SC faz um diagnóstico dos entraves nos setores de comércio, serviços e turismo em 2018 a partir de oito indicadores: comércio exterior, concorrência, legislação trabalhista, captação de recursos, condições de inovação, ambiente econômico, sistema legal e tributário e infraestrutura. O objetivo é expor as maiores dificuldades dos empresários para balizar a construção do plano de governo de quem ocupará a Casa d’Agronômica nos próximos quatro anos.

“A realidade impõe a todos que pleiteiam a chefia do executivo estadual uma gestão enxuta e eficiente, apostando nas forças produtivas e na capacidade empreendedora de nossa gente. Não há estado forte sem empresas competitivas”, afrma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, na abertura do painel. Para Breithaupt, a nota geral atribuída pelos empresários (7,70) reflete ainsegurança no ambiente de negócios em SC. Mas, por outro lado, a percepção sobre a legislação trabalhista melhorou, resultado da Reforma Trabalhista.

Os macrotemas foram avaliados  de 0 a 10 pontos pelos empresários. Quanto mais próximo a 10, maior o obstáculo para novo governador do Estado.

Faça o download da Carta do Comércio

Propostas de mudanças

Apontada como o maior obstáculo para a competitividade, a infraestruturarecebeu a pontuação 8,5, a mais negativa entre os quesitos avaliados, puxado pelo subitem Segurança Pública (8,92). Para Mariani a solução é blindar o Estado para entrada de drogas e armas. O candidato Décio Lima questionou como o governo do Estado “deixou o crime organizado entrar nos presídios”. Já Merísio afirmou que investir em segurança pública vai fazer “Santa Catarina virar um destino mais atrativo e seguro”, ao ser perguntado sobre a manutenção da Secretária Estadual de Turismo.

Outro ponto debatido pelos candidatos no painel foi o sistema legal e tributário do Estado- a segunda pior avaliação (8,19) no levantamento- que passou a ser mais discutido na campanha eleitoral deste ano após a derrubada na Alesc da MP 220, que reduzia alíquotas de ICMS da indústria, onerando o comércio.

O plano de governo de Merísio prevê o aumento da desoneração fiscal: “Quem paga imposto no Estado é o consumidor. O empresário é apenas o operador da massa tributária. O recurso não pode vir do aumento da carga tributária, mas com a melhora na competitividade das empresas, que faz a receita do Estado crescer”.

O candidato petista falou sobre o fim de “generosidades fiscais”: “Não haverá aumento de impostos na minha gestão, inclusive precisamos de processos que possam reduzir os tributos para atrair investimentos. Os benefícios e isenções devem ser concedidos desde que sejam para empresas que vão gerar emprego e renda”.

Segundo Mariani, a carga tributária já chegou ao limite: “O aumento de impostos inibe a atividade econômica. Precisamos de simplificação da carga tributária para facilitar a vida do cidadão. Parece que existe um pelotão de sabotagem quando o catarinense quer empreender, tamanha a burocracia e quantidade de impostos e taxas”.

Assista ao debate na íntegra

Leia também

INSTITUCIONAL 24 abril, 2024

Fecomércio SC participa do primeiro Café da Manhã da International Fresh Produce Association em Santa Catarina

ECONOMIA 24 abril, 2024

Intenção de consumo das famílias catarinenses caiu 2,8% em abril, aponta pesquisa

INSTITUCIONAL 22 abril, 2024

Fecomércio SC apresenta 5ª Agenda Legislativa para parlamentares catarinenses em Brasília

ECONOMIA 18 abril, 2024

Pesquisa indica aumento de 13% na expectativa de gasto médio para o Dia das Mães, relacionado ao ano anterior