Desemprego atinge a maior taxa desde maio de 2011

Atualizado em 21 maio, 2015

A taxa de desocupação em abril de 2015 foi estimada em 6,4% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal do Emprego divulgada pelo IBGE, ficando estável frente a março (6,2%). No confronto com abril de 2014, a taxa ficou 1,5 ponto percentual maior (passou de 4,9% para 6,4%). É a maior taxa desde maio de 2011.

Para a Fecomércio SC, a elevação da taxa de desemprego observado no mês de abril está fortemente relacionada à estagnação da economia dos últimos meses, à queda dos índices de confiança empresariais e à perspectiva de recessão em 2015. Esses fatores retraem a demanda por emprego por parte das empresas e podem ser visualizados no número reduzido de criação de vagas. Em Santa Catarina, em 2014 houve redução de 30% no saldo de vagas formais.

Um ponto que chama atenção é a queda no rendimento médio real do trabalho em março, quando comparado com fevereiro. Em termos de massa salarial, a quantidade de recursos disponíveis para o consumo, a queda foi ainda maior e apresentou um resultado que não se via desde julho de 2012. Isso já vem se refletindo na diminuição das vendas e é um fator que no futuro pressionará ainda mais a taxa desemprego, visto que com menos renda na família, a tendência é que mais pessoas saiam a buscar emprego, algo que nos últimos anos não estava sendo observado.

A população desocupada (1,6 milhão de pessoas) não apresentou variação frente a março. Em relação a abril de 2014, o quadro foi de elevação (32,7%, mais 384 mil pessoas). A população ocupada foi estimada em 22,8 milhões para o conjunto das seis regiões, refletindo estabilidade nas análises mensal e anual. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,5 milhões) ficou estável na comparação mensal. Em relação a abril de 2014, apresentou retração de 1,9% (219 mil pessoas).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.138,50. Este resultado foi 0,5% menor que o registrado em março (R$ 2.148,71) e 2,9% inferior ao obtido em abril de 2014 (R$ 2.202,08). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 49,3 bilhões em abril de 2015, registrando queda de 0,5% em relação a março. Na comparação anual, esta estimativa caiu 3,8%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 49,7 bilhões), estimada em março de 2015, caiu 1,5% frente a fevereiro e 3,9% na comparação com março de 2014.  

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