Santa Catarina ganha planejamento do turismo até 2022

Atualizado em 26 fevereiro, 2018

Rota estratégica do setor, planejada pela Fecomércio SC, Fiesc e Sebrae, destaca potencial de  12 regiões do Estado

Com foco no potencial de cada região e alinhado às tendências mundiais, o planejamento estratégico do turismo em Santa Catarina até 2022 foi apresentado nesta segunda-feira (26), em Florianópolis. A Rota Estratégica traçada pela Fecomércio SC, Fiesc e Sebrae busca a consolidação de Santa Catarina como destino turístico inteligente. O setor é um dos vetores mais fundamentais da economia catarinense e responde hoje por 127 mil empregos, diretos ou indiretos.

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Leia o estudo na íntegra

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, se hoje o setor representa cerca de 12% da geração da riqueza em SC, nos próximos anos poderá se tornar ainda mais estratégico para o desenvolvimento do estado. “Nosso olhar está voltado para o futuro. Entendemos que é hora de criar um ambiente favorável para que a atividade se consolide de forma sustentável e competitiva, com mão de obra qualificada, gestão profissional e a cadeia produtiva caminhado com os mesmos propósitos. Temos doze regiões turísticas com vocações e particularidades diferentes para dinamizar nossa economia, do litoral ao oeste e de norte a sul”, afirma.

Conforme o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, os avanços da vocação turística de Santa Catarina podem beneficiar também os demais setores: “O desenvolvimento estadual passa pela integração e pelo uso das potencialidades catarinenses e é com esta posição que estamos construindo uma rota mais competitiva para o setor”.

O ciclo virtuoso na economia também é destacado pelo superintendente do SEBRAE-SC, Carlos Guilherme Zigelli. “É um projeto consistente, realista e maduro. Não podemos desperdiçar esse conhecimento e precisamos juntos com as autoridades e o setor fortalecer o turismo catarinense”, afirmou.

Destino inteligente

O estudo defende a valorização e o fortalecimento de 12 regiões turísticas catarinenses: Caminho dos Canyons, Caminho dos Príncipes, Caminhos da Fronteira, Caminhos do Alto Vale, Costa Verde & Mar, Encantos do Sul, Grande Florianópolis, Grande Oeste, Serra Catarinense, Vale das Águas, Vale do Contestado e Vale Europeu.

Em cada região foi realizado um mapeamento que mostra a situação atual do turismo e o potencial em cinco macrossegmentos: Turismo de Orla; Parques Temáticos; Regiões Históricas e Turísticas; Turismo em Áreas Naturais e MICE (sigla em inglês para encontros, incentivos, conferências e feiras). A partir disso foram definidas 503 ações de curto, médio e longo prazo. 

A expectativa é pautar o turismo em dois pilares: destino turístico inteligente e benefícios desses destinos. O primeiro se dá pela aplicação de novas tecnologias de informação e pelo desenvolvimento turístico sustentável. O segundo busca promover um ambiente inovador, experiências turísticas para os consumidores e qualidade de vida para os moradores.

Diante de um cenário em que os consumidores estão mais exigentes e conectados, as informações de fontes ‘informais’ são vistas como mais relevantes do que as formais. O compartilhamento de experiências na internet e redes sociais tem influenciado o comportamento dos consumidores, que levam cada vez mais em conta as recomendações de outras pessoas antes de decidir a viagem.

Competitividade

Para a construção do conteúdo foi utilizada a metodologia do Fórum Econômico Mundial (2015) sobre o índice de competitividade em viagem e turismo, que avalia fatores como ambiente de negócios; segurança e proteção; saúde e higiene; recursos humanos e mercado de trabalho; facilidade de tecnologia da informação e comunicação; governança; sustentabilidade ambiental; infraestrutura geral e turística; recursos naturais e recursos culturais.

Em relação à competitividade turística, o Brasil ocupa a 28ª posição em ranking do Fórum Econômico Mundial. O país é o primeiro em competitividade quanto a recursos naturais e o oitavo em recursos culturais e viagens de negócios. Ao se analisar os mesmos quesitos em Santa Catarina, verifica-se que os recursos naturais e culturais estão presentes em todas as regiões e possuem alta atratividade e competitividade.

No caso dos recursos culturais, o estudo destaca a diversidade cultural e o patrimônio histórico presente em todas as regiões: o vinho e a neve da Serra, as estâncias termais da Grande Florianópolis, Grande Oeste e Encantos do Sul. No setor de viagens corporativas, o Estado apresenta mercados expoentes como as cidades de Joinville (Caminho dos Príncipes), Jaraguá do Sul (Caminho dos Príncipes), Blumenau (Vale Europeu), Itajaí (Costa Verde & Mar), Florianópolis (Grande Florianópolis), Criciúma (Encantos do Sul), Lages (Serra Catarinense) e Chapecó (Grande Oeste).

No outro extremo, o Brasil aparece na 104ª colocação quanto à saúde e higiene, em 126ª no quesito segurança e proteção e na 130ª posição em infraestrutura portuária e terrestre. Os indicadores catarinenses nessas áreas estão acima da média nacional, com exceção do acesso dos domicílios ao esgotamento sanitário. Neste índice a média brasileira por 100 mil habitantes é de 72% enquanto em Santa Catarina é de 62%.

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