Sistema S e Secretaria de Educação discutem Reforma do Ensino Médio

Atualizado em 24 abril, 2017

O novo modelo de ensino médio integral, que está sendo adotado no Brasil, e os reflexos dessa mudança na educação profissional norteou as apresentações do secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, e o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, que também é diretor geral do SENAI no país, durante a reunião do Conselho de Governança do Movimento, realizada na última quinta-feira (20), no Sesc Cacupé, em Florianópolis.

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Santa Catarina está realizado o projeto-piloto em duas unidades do Senai, quatro escolas do Centro de Educação Profissional (Cedup) e outras 15 da rede estadual. Nessas experiências, o estudante faz dois cursos (médio e técnico) em um único programa de ensino, com 3.200 horas e três anos de duração.

Atualmente cerca de 56% dos brasileiros com 19 anos concluem o ensino médio e, desses, somente 7,3% aprendem matemática no nível adequado para esta etapa de ensino. Em SC, os percentuais são, respectivamente, de 62% e 9,3%. Entre os estudantes de ensino médio no país, apenas 11% fazem curso técnico, que pode se configurar como um passaporte para o mercado de trabalho. Na Alemanha, o índice chega a 56% e na Finlândia a 58%. 

Segundo Lucchesi, a “lógica academicista” do modelo educacional brasileiro sobrevaloriza as carreiras profissionais de nível superior: “No modelo anterior do ensino médio era como se todo mundo fosse para a universidade. No entanto, menos de 20% chegam a um curso superior e apenas 9,3% dos jovens de 15 a 17 anos fazem a educação profissional junto com a educação regular”. 

Um exemplo de educação transformadora foi apresentada pelo professor capixaba Wemerson da Silva Nogueira, único brasileiro classificado entre os 10 melhores do mundo segundo o Global Teacher Prize, o “Nobel” da educação. Entre os projetos que lhe rendeu o título está o "Filtrando as Lágrimas do Rio Doce",que contou com o engajamento dos alunos de uma escola de periferia no interior do Espirito Santo. O professor ultrapassou os muros da escola e levou os alunos para as margens do Rio Doce, recém- castigado pelos resíduos de mineração após o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. Além de ter uma aula de química in loco, os alunos aprenderam a desenvolver um sistema com um filtro à base de areia para tratar a água e devolver a potabilidade para a comunidade ribeirinha. “Educação é uma das profissões que mais contribuem para o nosso mundo porque elas transformam vidas”, afirmou.

Durante a reunião também foi assinado protocolo de intenções entre a FIESC, SENAI, Secretaria de Estado da Educação (SED) e Instituto ITAU BBA para apoiar a implementação de novos modelos e projetos de educação.

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