Comércio catarinense registrou crescimento de 3,89% neste Natal

Atualizado em 29 dezembro, 2011

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina, acaba de divulgar os números de consumo para este ano, levantados pela Pesquisa Fecomércio de Resultados das Vendas de Natal.

De acordo com o levantamento, em Santa Catarina a data foi positiva para o comércio. A variação do faturamento em relação ao mesmo período de 2010 foi de 3,89%. Apesar de satisfatório, o índice é menor do que o elevado crescimento das vendas de Natal registrado em 2010 ante 2009: em torno de 10%. O maior incremento no faturamento foi verificado em Lages (13,76%). Na sequência aparece Joinville, com crescimento de 11,29%. Já o pior desempenho foi o do varejo de Chapecó (-2,2%). Também apresentou pequena queda no faturamento a cidade de Blumenau (-0,80%). Florianópolis teve alta de 0,10% e Criciúma teve aumento de 1,21% nas vendas deste Natal.

Apesar disso, em relação ao período corrente, o Natal se confirmou mais uma vez como a data de maior movimento do ano para o comércio. O incremento no faturamento em relação ao mês de novembro foi de 24,76%. Na avaliação da Fecomércio, tiveram influência neste quesito o pagamento do 13º salário e a intenção, apurada pela Fecomércio, dos consumidores reservarem em média 30% do salário extra para as compras de Natal.

A média de gastos por cliente foi de R$ 264,77. Valor inferior ao declarado pelos consumidores na Pesquisa Fecomércio de Intenção de Compras para o Natal, onde a maioria pretendia investir em presentes cerca de R$ 296,78. Superando o resultado médio do estado, Lages registrou o maior gasto médio, de R$ 311,00.

Quanto às formas de pagamento, 29,8% dos consumidores preferiram comprar de forma parcelada no cartão de crédito. Também foram bastante utilizados os pagamentos à vista no cartão de crédito (25,4%) e à vista em dinheiro (25%).

Em relação ao faturamento por setores, houve variação por região pesquisada. Em Florianópolis alta de 12,50% para produtos de informática. Em Chapecó destaque para artigos de decoração (19,10%). Em Joinville o maior crescimento foi dos eletrônicos (19,64%). Em Blumenau as lojas de móveis foram as que mais faturaram (11,50%). Em Lages incremento de 28,48% para o comércio de perfumes e cosméticos. E em Criciúma variação positiva de 4,67% para o setor de vestuário. Em Santa Catarina tiveram queda nas vendas os setores de utilidades domésticas (-43,01%), livrarias e papelarias (-15,35%), óticas, jóias e relógios (-3,54%) e automóveis (-0,54%). Todos os demais tiveram alta. A maior delas foi para as lojas de perfumaria e cosméticos (11,31%) e a menor delas para os brinquedos (3,07%).

Os resultados se aproximam das perspectivas da Fecomércio, que havia considerado o movimento de desaceleração da atividade econômica brasileira e catarinense o motivo principal do crescimento ponderado. A perda de fôlego na expansão das vendas já vinha sendo percebida neste segundo semestre do ano. Com base na conjuntura atual a estimativa da Fecomércio é que o varejo catarinense termine o ano com crescimento de 5,5%. Em 2010 o crescimento foi de 7,6% no estado.

A desaceleração econômica também incidiu na contratação de novos trabalhadores. Chama a atenção que neste Natal a maioria das empresas do estado (61,7%) não contratou novos colaboradores para o período. O resultado também era previsto, já que segundo dados do Ministério do Trabalho, o saldo de contratações nos meses de setembro, outubro e novembro (meses que concentram a contratação de temporários) deste ano foi de 35.539 novas vagas criadas, número 13% menor do que o saldo de 2010. Dentre aquelas empresas que abriram vagas para novos funcionários, a média de pessoas contratadas foi de 2,48 por empresa.

Tablets

Muito se falou durante o ano que este seria o “Natal dos tablets”. Assim, a Fecomércio também perguntou aos empresários catarinenses que comercializam produtos eletrônicos se existiu crescimento na venda deste produto em relação ao Natal do ano passado. As respostas apontam que sim somente para 30,3% dos entrevistados. Para as que tiveram crescimento, a alta foi considerável (16,81%). Destaca-se a cidade de Criciúma, onde, diferentemente do resto do estado, a maioria das lojas (54,5%) notou crescimento na venda de tablets.

Redução do IPI

Também em relação à medida anunciada pelo governo, para incentivar as vendas de Natal, a redução do IPI para produtos da linha branca também foi questionada pela Pesquisa Fecomércio. Neste quesito, as respostas confirmaram um percentual maior. Para 79,3% das empresas que vendem eletrodomésticos, a redução do imposto aumentou as vendas destes produtos e serviu de estímulo às vendas conforme o esperado.

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