Confiança das famílias catarinenses com relação ao consumo cai 20% em um ano

Atualizado em 21 maio, 2015

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses caiu na comparação mensal (-2,2%) e na anual (-20%), chegando ao mês de maio no patamar de 108,8 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200 pontos. É o menor nível de toda série histórica iniciada em janeiro de 2010. Os indicadores que avaliam o otimismo do catarinense com relação ao emprego (-3,6% no mês e -8% no ano), renda (-0,9% no mês e -2,1% no ano) e expectativa de consumo (0% no mês e -19,1% no ano) mantiveram a tendência de queda que vem desde o começo de 2014.

No mês de maio, o indicador perspectiva profissional apresentou uma queda de -3,6% na comparação mensal e de -6,2% na comparação anual, fechando em 91,6 pontos, nível considerável de pessimismo. O dado demonstra que a situação de pleno emprego do mercado de trabalho já não existe mais, ou seja, a taxa de desemprego tenderá a se expandir nos próximos meses. Também demonstra que a criação reduzida de vagas de trabalho, segundo dados do Caged, está refletindo negativamente na perspectiva profissional das famílias.

O acesso ao crédito, em termos mensais, apresentou uma queda de -1,7%. Na comparação anual, houve uma forte queda de -22,7%. O resultado negativo no mês revela que as condições de pagamento estão debilitadas, devido às altas taxas de juros e ao elevado comprometimento da renda com dívidas. Porém, em termos absolutos, o índice ainda é considerado positivo, com 118,5 pontos.

A perspectiva de consumo das famílias catarinenses caiu -6,3% entre abril e maio. Na comparação anual, houve acentuada queda de -54,3%. O indicador atingiu 60,8 pontos, o menor de toda a série histórica, iniciada em janeiro 2010, e considerado extremamente baixo. O resultado absoluto deste indicador demonstra que as famílias estão pessimistas quanto as suas perspectivas de consumo. O resultado desta cautela já pode ser visto no índice de volume de vendas que chegou a 0,1% em Santa Catarina, no acumulado de 12 meses, segundo dados do IBGE, um dos mais baixos resultados entre todas as unidades da federação.

O momento para duráveis, em sintonia com a perspectiva de consumo, caiu -3,8% entre abril e maio. No contexto anual, o indicador registrou queda de -30,2%. Em termos absolutos, o momento para duráveis encontra-se em patamares ainda positivos, com 114,2 pontos, mas com forte tendência de queda, o que revela uma percepção de cautela entre os catarinenses.

Veja a pesquisa completa aqui.
 

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