ECONOMIA

Fim da CIDE sobre diesel ajuda controlar preços, mas medida é considera insuficiente pela Fecomércio SC

Atualizado em 04 junho, 2018

Após paralisação dos caminhoneiros, que já vem causando impactos na circulação de mercadorias, o Governo Federal anunciou que pretende zerar a CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) que incide sobre a comercialização do Diesel, principal combustível dos caminhões.

O anúncio de redução da carga tributária do Diesel é considerado positivo pela Fecomércio SC, porém a entidade discorda da contrapartida imposta pelo governo ao Congresso Nacional de extinguir a desoneração da folha de pagamento.

“A redução da carga tributária deve ser geral para todos os segmentos. Já contribuímos com quase 35% do PIB em impostos, nível muito além de qualquer país concorrente internacional do Brasil. O estado deve caber dentro do atual nível de arrecadação que os brasileiros já pagam”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

A CIDE ressurgiu em 2015, depois de estar zerada desde 2012, e retira de circulação da economia cerca de R$ 2,5 bilhões por ano. Naquele momento, o governo também anunciou o aumento do PIS/Cofins sobre a gasolina. De lá para cá os preços dos combustíveis não pararam de subir, chegando a seu limite nesta última semana com aumentos diários, a partir da alta dos preços dos petróleos em nível mundial. A elevação do preço do insumo básico para o setor de transporte acarreta em um efeito dominó, já que eleva os custos de toda a cadeia produtiva.

“O fim da CIDE sobre o diesel ajuda a controlar a elevação dos preços, mas não é o suficiente. O PIS/COFINS também deve ser reduzido e os impactos dessa redução precisam atingir todos os tipos de combustíveis”, aponta Breithaupt. O empresário cita como exemplo os representantes comerciais, que dependem de automóveis movidos a gasolina para exercer suas funções, que não serão beneficiados pela medida anunciada pelo Governo.

Os impostos elevados explicam a baixa competitividade da economia brasileira, pois freiam os ganhos de produtividade capazes de colocar o Brasil novamente no rumo do desenvolvimento econômico.

 

Leia também

INSTITUCIONAL 24 abril, 2024

Fecomércio SC participa do primeiro Café da Manhã da International Fresh Produce Association em Santa Catarina

ECONOMIA 24 abril, 2024

Intenção de consumo das famílias catarinenses caiu 2,8% em abril, aponta pesquisa

INSTITUCIONAL 22 abril, 2024

Fecomércio SC apresenta 5ª Agenda Legislativa para parlamentares catarinenses em Brasília

ECONOMIA 18 abril, 2024

Pesquisa indica aumento de 13% na expectativa de gasto médio para o Dia das Mães, relacionado ao ano anterior