Governo não vai prorrogar redução de alíquota do IPI dos carros

Atualizado em 21 novembro, 2014

Para a Fecomércio SC, a não prorrogação da redução da alíquota do IPI para os carros, divulgada após reunião do presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quinta-feira, já era esperada devido à situação fiscal comprometida do governo em 2014, fruto da baixa atividade econômica e dos gastos elevados. A meta do superávit primário – a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida – de 1,9% do PIB, por exemplo, não será alcançada neste ano.

A volta do IPI irá provocar uma elevação dos preços dos automóveis, o que comprometerá ainda mais as vendas que, no acumulado do ano, reduziram em 8,2% em comparação com os 11 primeiros meses de 2013, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A medida, portanto, também poderá impactar nos níveis de emprego do setor. Com as vendas em queda, muitos empresários poderão reduzir seu quadro de funcionários.

Recomposição

Para carros populares, a alíquota do imposto subirá de 3% para 7%, que é o seu valor originaI. Para os demais, a alíquota subirá de 9% para 11%, no caso dos carros flex, e de 9% para 13% para os modelos movidos à gasolina. De acordo com o presidente da Anfavea, é decisão de cada empresa repassar ou não a recomposição do imposto para o preço ao consumidor.

O governo já vinha indicando que não iria prorrogar o benefício, iniciado em 2012 e renovado várias vezes, sob a condição de o setor não demitir e não cortar investimentos. Até o fim de 2014, pelos cálculos da Receita Federal, o governo deverá deixar de arrecadar R$11,5 bilhões com essa política.

Depois de um primeiro semestre ruim para o setor, com estoques cheios, demissões, programas de férias coletivas e afastamentos temporários de mão de obra, o setor passa por um segundo semestre de recuperação nas vendas e na produção.

Segundo Moan, as vendas médias cresceram 5,7% de julho a outubro, em relação ao primeiro semestre. A produção cresceu 6,2%, e as exportações, 2,4%. Em novembro, as vendas estão superiores a 13 mil veículos por dia. "Em outubro estávamos brigando para atingir 13 mil. Este mês, estamos brigando para superar outras metas", afirmou.

Fonte: Uol/Folha de S. Paulo
 

Leia também

INSTITUCIONAL 24 abril, 2024

Fecomércio SC participa do primeiro Café da Manhã da International Fresh Produce Association em Santa Catarina

ECONOMIA 24 abril, 2024

Intenção de consumo das famílias catarinenses caiu 2,8% em abril, aponta pesquisa

INSTITUCIONAL 22 abril, 2024

Fecomércio SC apresenta 5ª Agenda Legislativa para parlamentares catarinenses em Brasília

ECONOMIA 18 abril, 2024

Pesquisa indica aumento de 13% na expectativa de gasto médio para o Dia das Mães, relacionado ao ano anterior