Pessimismo do empresário do comércio de SC aumenta com as incertezas na economia brasileira

Atualizado em 04 agosto, 2014

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) catarinense subiu, na comparação com o mês de junho, para 102,5 pontos, todavia, na comparação anual, a queda é grande (-9,4%), mantendo o indicador num nível considerado baixo. Em julho, os índices se recuperaram um pouco depois de apresentarem os mais baixos números de toda a série histórica no mês passado, mas ainda assim se encontram em níveis reduzidos. A queda anual de -9,4% também chama a atenção, demonstrando grande deterioração da confiança do empresário do comércio catarinense. Para os empresários, o momento atual da economia é de cautela e reflete uma visão de insegurança quanto ao futuro, ainda que certa expectativa de melhora exista em grau reduzido.

O mercado interno em diminuição – devido às restrições ao crédito e ao crescimento reduzido da renda – faz com que as vendas desacelerem, gerando menos receita em uma estrutura de custos já elevados. Desta maneira, o resultado do varejo fica comprometido, gerando grande pessimismo e bloqueio dos investimentos.

De acordo com a pesquisa, o subíndice que mede as condições atuais da economia apresentou queda nas duas comparações: -2,5% na anual e -6,9% na mensal. O subíndice de condições atuais do comércio (CAC) apresentou variação positiva de 2,6% na comparação anual e de 1,3% na comparação mensal. Por fim, o subíndice de condições atuais das empresas do comércio (CAEC) caiu -0,6% no ano. No mês houve alta de 3,5%. O resultado mostra que o pessimismo dos empresários catarinenses com relação às condições atuais das suas empresas é considerável, capitaneado, principalmente, pela redução do acesso ao crédito, pelo crescimento reduzido dos rendimentos do trabalho e o volume de vendas em declínio.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que vem segurando o ICEC em uma situação acima dos 100 pontos, despencou -14,6% na comparação anual e -0,2% na mensal. Dos 127,5 pontos em junho, o índice foi para 127,2 pontos, indicando que a confiança do empresário do comércio nas possibilidades de vendas futuras, ainda permanece positiva, mas a cautela será a palavra de ordem do comércio nos próximos meses.

O índice de Expectativa Economia Brasileira apresentou, no mês de julho de 2014, 101,9 pontos, sendo que em junho estava em 108 pontos – variação negativa de -5,8%. No ano, a queda foi de expressivos -21,5%. Os dados indicam uma diminuição do otimismo do empresário do comércio diante das incertezas atuais da economia brasileira. O resultado indica que o empresário começa a pôr em dúvida se a economia brasileira irá apresentar certa melhora no decorrer do ano de 2014. 

Veja a pesquisa na íntegra aqui.

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