Reajuste na tarifa do pedágio é prejudicial à produtividade catarinense, alerta Fecomércio SC

Atualizado em 24 fevereiro, 2017

Para a Entidade, a medida impacta na logística do comércio de bens, serviços e turismo.

A partir de hoje (24), os motoristas que trafegam nos trechos de concessões das estradas federais de Santa Catarina em direção ao Paraná estão pagando mais caro para seguir viagem. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aumentou em 13,04% o valor dos pedágios nos estados de Santa Catarina e Paraná.

A concessionária alega que o reajuste considerou a inflação dos últimos 12 meses, de acordo com o IPCA, as desapropriações do Contorno Rodoviário de Florianópolis e o reequilíbrio do contrato de concessão relacionado à Lei dos Caminhoneiros. O valor arrecadado deverá ser usado para o custeio de operações e sequência de obras que já estão em andamento.

A Fecomércio SC contesta os argumentos apresentados pela Autopista Litoral Sul, alertando que o IPCA em 2016 não ultrapassou sequer os 6,3%, valor muito menor do que o reajuste de mais de 13%. Ainda segundo a Entidade, causou perplexidade a empresa e ANTT justificarem o aumento das taxas com base nas desapropriações do Contorno Viário de Florianópolis, pois desde 2009 a Autopista fundamenta os preços com base nas desapropriações. “A obra do contorno viário já amarga um atraso cinco anos desde a assinatura do contrato de concessão provocando o aumento dos custos do transporte e transtorno para a população, ressalta o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Os novos preços do pedágio afetarão também o preço dos produtos comercializados em Santa Catarina, já que encarecerá toda a logística, especialmente o comércio de bens, serviços e o turismo catarinense, elevando o frete das mercadorias, impondo ao empresário do setor uma perda de competitividade desnecessária em função da elevação dos preços.

“Em um contexto de queda no volume de vendas e deterioração do consumo como o atual, o repasse fica prejudicado, o que invariavelmente comprimirá as margens de lucros dos estabelecimentos comerciais. Isso reduzirá a capacidade de investimento das empresas, que por sua vez, prejudicará a retomada da economia e a geração de empregos”, alerta Breithaupt. A Federação ainda defende que o aumento também é extremamente prejudicial ao segmento de representantes comerciais, que já vem sendo impactado com o elevado custo de manutenção dos veículos e do combustível. Além das condições de deterioração de várias estradas em Santa Catarina, enfrentadas pelos profissionais.

A Fecomércio SC afirma  que é fundamental a realização de investimentos na infraestrutura catarinense, mas sem aumento de taxas, que prejudicam a dinâmica da economia de Santa Catarina.

Novos preços cobrados a partir desta sexta-feira (24)

 – Automóvel, caminhonete e furgão : R$ 2,60;

 – Caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão: R$ 5,20;

 – Automóvel com semirreboque e caminhonete com semirreboque: R$ 3,90;

 – Caminhão-trator, caminhão trator c/sem.reboque e ônibus: R$ 7,80;

 – Automóvel com reboque e caminhoneta com reboque: R$ 5.20;

 – Caminhão com reboque e caminhão-trator com semirreboque (04 eixos): R$ 10,40;

 – Caminhão com reboque e caminhão-trator com semirreboque (05 eixos): 13,00;

 – Caminhão com reboque e caminhão-trator com semirreboque (06 eixos): 15,60;

 – Motocicletas, motonetas e bicicletas a motor: R$ 1.30.

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