ECONOMIA
Receita e volume de serviços têm reação lenta em SC
O volume e a receita do setor de serviços em Santa Catarina e no Brasil no mês de junho sofreram impactos da greve dos caminhoneiros realizada em maio. Os reflexos também puderam ser sentidos no comércio e na inflação.
A receita nominal dos serviços no Estado subiu 5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e 3,3% no acumulado de 12 meses. O resultado no país foi inferior: 2,9% e 2,4%, respectivamente.
A alta foi de 1,3% no volume de serviços em SC e de 0,9% no país, na comparação com junho de 2017. No acumulado de 12 meses, os dados apontam que o setor ainda patina: a queda foi de 1,0% em Santa Catarina e de 1,2% no Brasil.
De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, a expectativa para os serviços ao longo de 2018 não será de uma forte recuperação: “O cenário ainda é de bastante cautela por parte da indústria e de crise fiscal nas esferas governamentais, dois dos principais demandantes dos serviços. Além disso, os serviços foram pouco beneficiados por estímulos governamentais e dependem da expansão da massa salarial, cujos resultados ainda não superaram o que se via em 2014”.
O desempenho das atividades turísticas foi superior no Estado: a receita nominal variou 1,9% em Santa Catarina em comparação a 2017 e 9,7% em 12 meses, enquanto o país registrou -0,9% e 2,8%. O volume das atividades turísticas também cresceu 2,5% e 5,7% no Estado, diante da variação de 2,0% e -3,5% na média nacional, nestas mesmas bases de comparação.
O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares caiu 10,3% na comparação com junho de 2017. Transporte, serviços auxiliares de transporte correio subiu 8,5%, mas não o suficiente para se recuperar do tombo de maio com a paralisação.