Vendas caem 4,1% em agosto, mas varejo catarinense começa reagir

Atualizado em 18 outubro, 2016

Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta terça-feira (18) pelo IBGE, aponta queda menor das vendas e aumento da receita

O comércio varejista catarinense teve queda de 4,1% no volume de vendas em agosto de 2016 em relação ao mesmo mês de 2015, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (18) pelo IBGE. O mais prejudicado foi o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-16,6%). Já os móveis tiveram a menor baixa (-0,1%).

A receita nominal teve variação positiva em 7,5%, mas abaixo da inflação do período (8,97%). Nos últimos cinco meses o recuo nas vendas diminuiu (-10,6% em abril, -7,9% maio, -6,0% junho, – 2,9% julho e -4,1 agosto) e a receita avançou (1,1%, 3,1%, 4,5%, 9,1% e 7,5%).

De janeiro a agosto, as vendas no conceito restrito (sem atividades de material de construção e veículos) recuaram 7,5%. No acumulado de 12 meses, que mostra a tendência do setor, o volume de vendas teve queda de 7,9%. A receita neste período foi de 3,4%, pouco acima do resultado de 3% do mês anterior.

O desempenho no mês de agosto indica que o comércio catarinense começa a trajetória de recuperação, conforme avalia o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova. “O indicador registrou tímida melhora para -7,9% no acumulado em 12 meses. Em julho, a variação havia sido de -8%. Esta pequena redução na queda é importante, pois traz uma perspectiva de melhora após 10 meses consecutivos de aprofundamento da retração. A receita nominal voltou a subir depois de cinco meses. Assim como as vendas, o resultado no faturamento ainda é baixo (3,4%), mas aponta para um cenário melhor no futuro”, pondera.  

O panorama começou a ficar mais favorável com o início da retomada da confiança do empresário e da intenção de consumo das famílias, criação de novos postos de trabalho e o arrefecimento da inflação. “Com um horizonte mais estável para a política econômica e para o cenário fiscal do Brasil, com a perspectiva de aprovação das medidas estruturantes necessárias, os juros podem cair ainda este ano”, avalia o presidente da entidade Bruno Breithaupt.

Cenário nacional

Para o Brasil, em agosto de 2016, o comércio varejista restrito registrou queda de 5,5% no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é a 16ª taxa negativa seguida nessa base comparativa. A variação da receita foi de 6,6%, ainda abaixo da inflação de 8,97%. No acumulado de 12 meses, o resultado do volume de vendas fechou com queda de 6,7% e a receita nominal variou positivamente em 4,1%.

 

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