ECONOMIA

No vermelho há um ano, setor de serviços deve começar recuperação lenta em SC

Atualizado em 28 junho, 2018

Cautela da indústria e crise fiscal freiam demanda

Os serviços em Santa Catarina seguem prejudicados pela queda da atividade industrial e da demanda do governo, se avaliados em uma perspectiva de 12 meses. Embora o faturamento continue no negativo, os dados já sinalizam estabilidade no nível de queda, ou seja, parou de cair. O setor está no vermelho desde julho do ano passado.

Vendas no varejo em Santa Catarina crescem quase 13% em junho

Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (16), a receita nominal dos serviços catarinenses retraiu -0,4% em junho na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 12 meses, a variação ficou em -3,3%. No Brasil, o índice registrou alta de 3,2% em relação a 2016 e 0,6% de junho de 2016 a junho de 2017.

As atividades turísticas, que costumam puxar os indicadores para cima em Santa Catarina, tiveram alta de 15,9% na comparação com o mesmo período de 2016 e de 7,9% no resultado acumulado em 12 meses, acima da média nacional de 2,1%.

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, pondera que a redução na inflação, a recuperação da renda das famílias e início da retomada do crédito no Estado devem impactar nos números ainda este ano. “Seguindo a tendência geral da economia, os serviços apresentarão melhores desempenhos no decorrer de 2017, mas não será uma forte recuperação. O cenário ainda é de bastante cautela por parte da indústria e de crise fiscal nas esferas governamentais, dois dos principais demandantes dos serviços”, explica.

O resultado negativo no mês foi puxado pela queda de 12,3% na receita do segmento de informação e comunicação. Na avaliação da Fecomércio SC, esses serviços tendem a ser os últimos a apresentar resultados negativos, já que as atividades são fundamentais para o funcionamento dos negócios, mas também os últimos a saírem da crise. “Existe um descompasso entre o comércio desses bens e a prestação de serviços relacionados a eles. A retomada só se dará quando a retomada dos demais segmentos estiver consolidada. O desempenho do comércio desses bens, visível na PMC, pode ser interpretado como o início da recuperação das vendas perdidas no período mais intenso da crise”, explica o economista da Federação, Luciano Córdova.

Todos os demais segmentos apresentaram crescimento na receita, com destaque para os serviços prestados às famílias, que inclui restaurante, salão de beleza, espetáculos, hotelaria, educação etc, com alta de 20,3%, resultado do arrefecimento da inflação e leve recuperação do emprego. 

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