ECONOMIA

Novembro tem menor inflação para o mês desde 1998

Atualizado em 28 junho, 2018

Em novembro a inflação brasileira subiu pela terceira vez consecutiva no acumulado de 12 meses, mas é o menor resultado para o mês desde 1998 (1,32%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)  ficou em 0,28%, 0,14 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de outubro (0,42%). O acumulado no ano está em 2,50%, bem abaixo dos 5,97% no mesmo período de 2016. O acumulado dos últimos 12 meses (2,80%) superou os 2,70% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Alimentação e bebidas (-0,38%) e Artigos de residência (-0,45%) foram os únicos grupos com queda nos preços. Entre os demais, destaque para Habitação (1,27%, com impacto de 0,20 p.p. no índice do mês), e Transportes (0,52% e 0,09 p.p.).

Responsável por 25% das despesas das famílias, os alimentos registraram queda nos preços (-0,38%) pelo sétimo mês consecutivo, recuo maior do que em outubro (-0,05%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada desse grupo é de -2,32% e, no ano, a variação está em -2,40%, a menor desde a implementação do Plano Real em 1994.

A Habitação (1,27%) foi o grupo de maior impacto, uma vez que a energia elétrica (0,15 p.p.) subiu, em média, 4,21%. Em novembro, vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, já com a cobrança adicional do novo valor de R$ 5,00 a cada 100 Kwh consumidos. Entre os Transportes (0,52% e 0,09 p.p.), destaque para a gasolina e o etanol, mais caros, em média, 2,92% e 4,14%, respectivamente.

De acordo com o economista da Fecomércio SC, Luciano Cordova, o  baixo índice de preços brasileiros é reflexo da queda na demanda do consumidor. “Os alimentos continuam com os preços em desaceleração, o que traz mais poder de compra ao consumidor, auxiliando no processo de recuperação do comércio. O setor já vem apresentando bons resultados desde o começo do ano. Outro aspecto positivo é a queda na taxa básica de juros, permitindo, assim, uma maior expansão do crédito, outro elemento que ajuda a estimular o consumo, algo importante nestes períodos de economia estagnada”, pontua.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,18% em novembro, 0,19 p.p. abaixo do 0,37% de outubro. O acumulado no ano (1,80%) foi inferior aos 6,43% de igual período de 2016 e o menor acumulado para o período desde a implementação do Plano Real, em 1994. O acumulado dos últimos 12 meses (1,95%) ficou acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (1,83%). Em novembro de 2016, o INPC foi de 0,07%.

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