MERCADO

Recuperação de postos de trabalho desacelera e taxa de desocupação cresce em Santa Catarina

Atualizado em 27 maio, 2021

emprego carteira de trabalho
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O mercado de trabalho formal catarinense encerrou o mês de abril com a geração de 2.053 vagas no setor de comércio e 5.170 no serviço, enquanto as atividades de turismo obtiveram perdas de 1.462.  Esse resultado é equivalente ao acumulado de 2021, com aumento de 6.366 postos de trabalho no comércio, 35.387 no serviço e queda de 3.002 no turismo. Entretanto, ocorreu redução na intensidade de criação de novas vagas frente ao mês anterior, especialmente no setor de serviço, que tinha criado 14.888 em fevereiro e 9.267 em março.

Em relação aos segmentos, movimentos negativos são visíveis, com perdas de postos de trabalho no acumulado do ano com maior intensidade no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios (-1.686) e no comércio varejista de calçados e artigos de viagem (-774). Já com destaque positivo, encontram-se o comércio de produtos farmacêuticos (+621) e comércio varejista de materiais de construção em geral (+396). No setor de serviços, as atividades de alojamento e alimentação permanecem com movimento de fechamento de postos de trabalhos, principalmente para hotéis (-1570) e restaurantes e similares (-871).

A retomada das atividades acontece de forma gradativa, mas ainda as incertezas são grandes e a retorno sustentável depende da ampliação da imunização. Ainda, o movimento positivo não foi linear e diversos segmentos sofrem efeitos negativos, direto e indireto, em virtude da pandemia. Por isso, a retomada é desigual e diferentes atividades acumulam perda. Nesse sentido, as medidas econômicas são necessárias e ajudam a amortecer esses impactos, tais como a entrada em circulação da concessão dos benefícios de transferência de renda, a antecipação do pagamento do 13º salário do INSS e ao programa de preservação e manutenção de emprego e renda.

Desocupação

Por outro lado, a retomada de empregos parece ser insuficiente para estabilizar e diminuir a taxa de desemprego em Santa Catarina. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostrou que taxa de desocupação foi estimada em 6,2% no trimestre referente aos meses de janeiro a março de 2021, crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2020 (5,3%). Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, janeiro a março de 2020, quando a taxa foi estimada em 5,7%, o quadro também foi de elevação (0,6 pontos percentuais). Apesar da ampliação do índice, o Estado permanece com a menor taxa do país.

Esse resultado reflete, especialmente, a ampliação das pessoas desocupadas na força de trabalho, que passou de 196 mil para 228 mil, acréscimo de 16,7%, ou seja, 32 mil pessoas a mais em comparação ao quarto trimestre de 2020. Reforça a quantidade de pessoas em busca de emprego a redução de indivíduos fora da força de trabalho em 29 mil pessoas. Quanto à estimativa da população desalentada, que mostra os indivíduos que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego, houve redução de 27,7% frente ao trimestre anterior.

O resultado da Pnad Contínua mostra diferentes recortes negativos que pressionam o mercado de trabalho em Santa Catarina em 2021. Esse fator pode estar relacionado à ausência do pagamento de auxílio emergencial  no primeiro trimestre do ano, que forçou a busca por emprego, além das expectativas de retomada da economia catarinense com a criação de novas vagas de trabalho ou do efeito sazonal de início de ano, em vista do processo de dispensa de pessoas contratadas no final de 2020 para suprir a demanda excedente do período.

Confira a movimentação no mercado de trabalho de forma dinâmica aqui ou no BI abaixo:

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