ECONOMIA

Copom inicia redução da taxa básica de juros

Atualizado em 04 agosto, 2023

Na quinta reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa básica de juros da economia em 0,50 ponto percentual (p.p.) e fixar a Selic em 13,25% ao ano (a.a.). Esta é a primeira redução em três anos. A última tinha ocorrido na reunião de agosto de 2020, quando a Selic saiu de 2,25% para 2,00%. E, desde março de 2020 que não acontecia um corte de tal magnitude.

Confira o relatório completo >>>04.2023_Agosto_Relatório_Efeitos da taxas de juros_COPOM

Assim, o Banco Central do Brasil (BCB) iniciou o ciclo gradual de flexibilização monetária pondo fim ao ciclo de alta que durou trinta meses e é considerado o mais agressivo desde a implementação do regime de metas para a inflação em 1999. De março de 2021 a agosto de 2022 foram sucessivos aumentos na Selic levando a dos 2,00% a.a. para os 13,75% a.a., patamar no qual esteve por doze meses consecutivos.

 

A taxa média para o capital de giro (total), instrumento essencial para compensar os movimentos sazonais de vendas das empresas, recuou 1,31 p.p. frente a junho de 2022, atingindo o nível de 21,96% a.a. Na modalidade rotativo a queda foi mais acentuada, -10,01p.p., e a taxa média do capital de giro rotativo foi de 31,68%.

A taxa média da antecipação de faturas de cartão de crédito, também usada com o propósito de equilibrar o caixa das empresas, está no patamar de 18,81% e diminuiu 0,11 p.p. frente a junho de 2022. Em relação a junho de 2021, o avanço é de 10,15 p.p., mostrando que o percentual, antes de 8,66% mais que dobrou no decorrer de 24 meses.

Do lado dos investimentos, ressalta-se a única taxa que aumentou foi a de aquisição de outros bens, a qual cresceu 0,19 p.p. entre junho de 2022 e junho de 2023 alcançando a ordem de 22,26% a.a. O movimento inibe investimentos, pois exige que a utilização do bem adquirido gere, pelo menos, ganhos superiores a, praticamente, um quarto do capital imobilizado, situação que não é facilmente encontrada na economia. Além disso, as incertezas sobre o desempenho do crescimento econômico ainda pesam negativamente na decisão de investir.

Por fim, importante destacar que a modalidade mais cara do mercado de crédito para as firmas permanece sendo o cheque especial, na escala de 352,80% a.a., seguido do cartão de crédito rotativo (137,15% a.a.) e do cartão de crédito parcelado (134,95% a.a.). Além do valor elevado, essas três categorias de crédito têm em comum o aspecto de servirem como uma renda emergencial. Reforçando assim, o peso do planejamento financeiro nas empresas.

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