ECONOMIA
Adiamento da Reforma da Previdência atrasa ajuste fiscal e freia retomada econômica, aponta Fecomércio SC
O adiamento da votação da Reforma da Previdência para 2018 foi recebido com insatisfação pelo setor terciário em Santa Catarina. Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, a demora na aprovação das novas regras para a aposentadoria poderá tornar o ajuste fiscal do Brasil ainda mais custoso e prejudicial.
“A sociedade não pode pagar a conta do desajuste político e institucional que atrasa a aprovação de reformas essenciais à economia. Em 2018, a Previdência ainda disputará espaço com outros temas da campanha eleitoral. O andamento da proposta de emenda constitucional (PEC) no plenário da Câmara é essencial para viabilizar a virada tão esperado do país”, enfatiza.
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A Reforma da Previdência é considerada elemento-chave para equalizar o déficit fiscal do Brasil e tornar o País mais justo, na medida em que garante a sustentabilidade da Previdência Social, respeitando os direitos adquiridos, preservando a vinculação da aposentadoria ao salário mínimo e, sobretudo, adequando à nova realidade demográfica do país.
Segundo Breithaupt, sem esta Reforma aumentam as incertezas quanto à solvência futura da dívida pública- exigindo prêmios de risco cada vez maiores e minando as possibilidades de investimentos produtivos- e os recursos que iriam para setores estratégicos, como saúde e educação, são escoados apenas para pagar a Previdência. Em 2016, de acordo com informações do Tesouro Nacional, o déficit da Previdência correspondeu a 97% do déficit primário do Brasil, somando R$ 149,7 bilhões.
“Não podemos deixar a Reforma a mercê de interesses corporativos, sob pena de desfigurá-la ainda mais –já retiraram R$ 300 bilhões de economia do projeto original –, não obtendo os efeitos desejados nas contas públicas e na economia do Brasil”, finaliza.