ECONOMIA

Alta na inflação em abril é impulsionada pelo preço dos alimentos e dos combustíveis

Atualizado em 10 maio, 2019

A inflação brasileira volta a apresentar trajetória ascendente em abril. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,57%, abaixo 0,18 ponto percentual (p.p.) da taxa de março (0,75%). A variação acumulada no ano foi de 2,09%. As duas variações são as maiores para um mês de abril desde 2016 (0,61% e 3,25%, respectivamente). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,94%, contra os 4,58% no período imediatamente anterior. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,22%.

O resultado do IPCA de abril sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (0,63%), Transportes (0,94%) e Saúde e cuidados pessoais (1,51%). Juntos, estes três grupos responderam por 89,5% do índice do mês. O grupo Artigos de residência, com -0,24%, foi o único que apresentou deflação em abril.

O grupo Saúde e cuidados pessoais se destacou com a maior variação (1,51%) e o maior impacto (0,18 p.p.) dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. As principais altas foram nos grupamentos de remédios (2,25%), refletindo o reajuste anual, em vigor desde 31 de março, com teto de 4,33%; higiene pessoal (2,76%), com destaque para os perfumes (de 1,45% em março para 6,56% em abril) e plano de saúde (0,80%).

Mesmo com a desaceleração no nível de preços de março (1,44%) para abril (0,94%), o grupo dos Transportes foi o segundo com maior variação e impacto (0,17 p.p.) no IPCA de abril. A gasolina foi o principal impacto individual no mês (2,66% mais cara, em média).

“A alta na inflação brasileira em abril foi impulsionada pelo preço dos alimentos e dos combustíveis- insumo que tem potencial de encarecer toda a cadeia produtiva nos próximos meses. O índice deve se manter em alta controlada no segundo trimestre do ano”, avalia o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

Os alimentos para consumo no domicílio saíram da alta de 2,07% em março para 0,62% em abril, influenciados pelas quedas no feijão-carioca (-9,09%) e nas frutas (-0,71%), mesmo com a pressão exercida pelo tomate (28,64%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do mês de abril apresentou variação de 0,60%, 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,77%). A variação acumulada no ano ficou em 2,29%. Tanto a variação mensal quanto a anual são as maiores para um mês de abril desde 2016 (0,64% e 3,58%, respectivamente). O acumulado dos últimos doze meses foi para 5,07%, contra 4,67% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2018, a taxa foi de 0,21%.

 

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