ECONOMIA

Brasil registra deflação em novembro

Atualizado em 10 dezembro, 2018

A inflação brasileira recuou -0,21% em novembro principalmente por conta da queda no preço dos combustíveis, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a ficar abaixo da media de 4,5% e é a menor taxa para um mês de novembro desde o Plano Real, em 1994.

A gasolina ficou, em média, 3,07% mais barata em novembro. Já as quedas do óleo diesel (-0,58%) e do etanol (-0,52%) foram menos intensas, diante das altas de 2,45% e 4,07% registradas em outubro. O gás veicular seguiu a trajetória de alta, passando de 0,06% para 5,45% em novembro.

A variação também foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. O acumulado no ano ficou em 3,59%, acima dos 2,50% registrados em igual período de 2017. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,05%, abaixo dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,28%.

“Este resultado é condizente com o período, dada a cautela econômica que perdura em momentos de transição governamental. Para os próximos meses a inflação ficará estável. Portanto, deve fechar o ano sem sobressaltos em dezembro,  chegando ao redor de 4,1%”, avalia o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova.

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação de outubro para novembro, com destaque para Transportes (-0,74%), grupo responsável pelo maior impacto negativo no IPCA de novembro (-0,14 p.p) e Habitação (-0,71% e -0,11p.p.). No lado das altas, a maior contribuição (0,10 p.p.) ficou com o grupo Alimentação e bebidas, com variação de 0,39%. A desaceleração foi influenciada pelos alimentos para consumo no domicílio (de 0,91% em outubro para 0,34% em novembro).

No grupo Saúde e cuidados pessoais, a queda de -0,71% ocorreu, principalmente, por conta dos itens de higiene pessoal, que ficaram, em média, 4,65% mais baratos. No Vestuário (-0,43%), foram registradas variações negativas nas roupas masculinas (de 0,68% em outubro para -0,63% em novembro), roupas femininas (de 0,52% em outubro para -1,28% em novembro) e roupas infantis (de 0,31% em outubro para -0,43% em novembro). Na Comunicação (-0,07%), o destaque são os aparelhos telefônicos, com queda de 1,44%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de -0,25% em novembro, bem abaixo do 0,40% registrado em outubro. Este resultado é o menor desde junho de 2017 quando o INPC ficou em -0,30%. Também o menor para um mês de novembro desde 1994. O acumulado no ano ficou em 3,29%, acima do 1,80% registrado em igual período do ano passado. Em doze meses, o índice ficou em 3,56%, abaixo dos 4,00% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,18.

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