MERCADO

Breithaupt reforça compromisso da Fecomércio SC com micro e pequenas empresas em audiência pública

Atualizado em 20 fevereiro, 2018

Entidades e parlamentares debatem PL que limita substituição tributária para optantes do Simples

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, participa de audiência pública, nesta segunda-feira (11) às 14h no CRC, para discutir o Projeto de Lei Complementar 341/17, que altera o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e limita a aplicação da substituição tributária nas operações envolvendo as PMEs.

A audiência foi solicitada pelos deputados Jorginho Mello (PR-SC), presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa e autor do projeto, e Otavio Leite (PSDB-RJ), relator da Comissão Especial criada para debater o tema. O presidente da Comissão Especial, deputado Carlos Melles (DEM-MG), presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, secretário especial da Micro e Pequena Empresa do governo federal, José Ricardo Veiga, presidente da Fiesc, Glauco José Côrte,  e o presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Fampesc),  Alcides Andrade, também compõe a mesa.

Um dos objetivos do PL é reduzir os efeitos da substituição tributária para os optantes pelo Simples Nacional e agilizar a concessão de crédito aos microempresários.  O texto limita em 3,95% a alíquota do ICMS incidente sobre produtos sujeitos à substituição tributária adquiridos por microempresas e por empresas de pequeno porte enquadradas no Simples.

De acordo com o presidente da Fecomércio SC, a série de dificuldade e tributos impostos pelo aparato estatal dificulta o processo de abertura de empresas e sua manutenção, visto que mais da metade das MPEs fecham em menos de dois anos. “Precisamos criar um ambiente de negócios menos burocrático, que simplifique a arrecadação de impostos para este importante motor da economia. As pequenas empresas, quando submetidas à substituição tributária, acabam pagando a mesma alíquota daquelas de maior porte. Além de contrariar a Constituição, que assegura uma carga tributária diferenciada, a medida provoca uma bitributação que desestimula o empreendedorismo. As MPES são as maiores dinamizadoras do mercado interno no país. Em Santa Catarina, correspondem a 98,2% das empresas do setor e geram 50,3% dos empregos”, avalia.

A proposta também prevê que o teto do Simples Nacional seja reajustado anualmente pela inflação, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demanda histórica da Fecomércio SC na Câmara dos Deputados e que agora ganha mais uma possibilidade de ser aprovada.

De acordo com o autor do projeto, a Reforma Tributária deve entrar na agenda até o fim de 2017 e, com a aprovação, será necessário repensar o Simples sobre os novos tributos.  Segundo ele, a Comissão Especial está analisando os impactos econômicos e projetando possíveis soluções com a mudança.

Ponto crítico

As linhas de crédito para as microempresas, um dos gargalos do setor, também foram debatido em audiência pública com representantes de bancos na última quarta-feira (5). As instituições financeiras contam com recursos e linhas específicas para as MPEs, mas o atual mecanismo dos fundos de aval (garantia exigida pelo banco na concessão do empréstimo) desestimula os empresários.

A nova proposta de estímulo às MPEs é a criação das empresas simples de crédito (ESC), que serão constituídas por pessoas interessadas em fornecer microcrédito para os pequenos empreendedores. “Elas teriam uma constituição jurídica simplificada, para reduzir a burocracia, e poderiam cobrar dos tomadores apenas uma taxa de juros, sem outros encargos”, explica o autor do projeto, deputado Jorginho Mello (PR-SC).

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