ECONOMIA
Criação de postos de trabalho em SC segue em tendência de alta

Santa Catarina é o 3º estado do país que mais gerou emprego no setor de serviço e o 7º no comércio em 2021. Foram abertos mais de 139 mil novos postos de trabalho, 49.313 e 15.412, respectivamente.
Apenas no mês de julho, o mercado de trabalho formal catarinense criou 13.397 vagas, 4.623 no setor de serviços e 2.793 no comércio, de acordo com o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“O nível de confiança do empresário do comércio para contração de funcionários e investimentos atingiram no mês de agosto patamares acima do período pré-crise no Estado e são indicadores que mostram uma tendência positiva e de manutenção do ritmo de crescimento do mercado de trabalho formal”, pontua o vice-presidente da Fecomércio SC, Emílio Rossmark Schramm.
> Confira o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de julho e agosto
A retomada da economia permanece refletindo na geração de postos de trabalho em Santa Catarina e o ritmo avança para os segmentos que foram fortemente afetados pela pandemia e atinge de maneira mais equilibrada os municípios
Retomada avança em SC
Entre janeiro e julho, 274 municípios catarinenses criaram pelo menos uma vaga, totalizando saldo de 140.881 novos empregos; entretanto, 20 ainda sofrem efeitos negativos da pandemia e tiveram saldo negativo de 1.471 postos de trabalho.
No setor de comércio, o resultado é semelhante e 238 municípios têm saldo positivo no ano, enquanto 47 tiveram mais demissões do que admissões. Já no setor de serviço, 259 municípios apresentaram saldos positivos e 28 tiveram fechamentos.
Esse resultado mostra o avanço da retomada econômica de maneira mais equilibrada ao comparar com o ano de 2020. Naquele momento, 98 (comércio) e 88 (serviços) municípios apresentaram saldo negativo, redução de 52% e 68% na quantidade de entes locais em relação ao ano de 2021 respectivamente. Do outro lado, 181 (comércio) e 193 (serviços) tinham criado pelo menos uma vaga de emprego em 2020.
Segmentos econômicos
Ao analisar os segmentos econômicos, o movimento da retomada avança entre os setores. No ano, dentre as 218 atividades econômicas do setor de comércio, 81% delas têm saldo positivo, enquanto que em 2020 o montante era de 65%. No setor de serviços, houve reversão do cenário apresentado em 2020- naquele momento, a maioria (51%) das atividades tinham saldo negativo, já no acumulado entre janeiro e julho de 2021, são 71% das atividades com saldo positivo.
Em julho, o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios liderou a criação de vagas (411) dentre os segmentos do comércio e avançou pelo terceiro mês sucessivo com saldo positivo. Apesar da alta, o setor permanece com perdas no acumulado do ano (-765). Já o comércio varejista de calçados, mesmo com saldo negativo em 2021 (-586), apresentou avanços pelo segundo mês seguido:115 em julho e 104 em julho. Ambos os segmentos foram fortemente afetados pela pandemia, mas vêm apresentando recuperação no volume de vendas, segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC)- a alta foi de 24,10% no ano de 2021, condição que influencia diretamente na contratação de novos funcionários.
No acumulado do ano, o comércio varejista de materiais de construção em geral lidera o setor do comércio com a geração de 2.382 novos postos de trabalho, seguido pelo Comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (1.759) e Comércio de peças e acessórios para veículos automotores (1.1759).
No setor de serviços, a administração pública mantém o movimento de criação de postos de trabalho em todos os meses de 2021, e representa 13,9% de todo o saldo gerado no setor no ano com a criação de 6.476 vagas. No setor privado, os destaques são para o Transporte, Armazenagem e Correio (6.958), seguindo da Saúde Humana e Serviços Sociais (6.759) e Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas (6.243).
Já o segmento de alojamento e alimentação começa a mostrar sinais de retomada e reduzir as perdas do ano ao acelerar a criação de postos de trabalho (694) na passagem do mês, terceiro mês sucessivo de saldo positivo. No ano, esse segmento acumula perda de 336 vagas.