Desafios e perspectivas da IA no Brasil em discussão

Atualizado em 31 outubro, 2023

Uma discussão franca sobre os desafios e perspectivas da inteligência artificial (IA) no Brasil foi o tema de painel do CNC Innovation Day. Mediado por Maurício Ogawa (CNC) o debate contou com a participação de Arthur Pereira Sabbat, da Autoridade Nacional de proteção de dados (ANPD) e Andriei Gutierrez, especialista em IA e diretor da Associação Brasileira de Software.

Entre os temas discutidos, questões cruciais, como a importância de infraestrutura robusta para garantir uma implementação eficaz da IA no Brasil; a necessidade de formação e capacitação para preparar a força de trabalho para a revolução tecnológica e necessidade de incentivar a adoção de tecnologias avançadas pelos empresários, a fim de fortalecer a competitividade e o desenvolvimento.

Arthur Pereira Sabbat, autoridade nacional de proteção de dados (ANPD), compartilhou sua preocupação com a privacidade e proteção de dados dos indivíduos. Ele enfatizou que, embora o tema ainda não seja consensual globalmente, no Brasil, a proteção de dados é considerada um direito fundamental. Sabbat afirmou: “No mundo inteiro, debatemos quando a IA utiliza dados pessoais. O que nos preocupa é o uso inadequado ou não transparente dessas informações, que é o problema crucial.”

O representante da ANPD reforçou a necessidade da proteção de dados. “Quando falamos de situações onde dados pessoais são utilizados, impor parâmetros é fundamental para garantir a segurança e a ética no uso da tecnologia”.

A discussão também se concentrou no monitoramento desde a concepção de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial. Andriei Gutierrez, especialista em IA e diretor da Associação Brasileira de Software, argumentou que é fundamental aplicar escrutínio rigoroso a tecnologias de alto risco. Ele aconselhou as empresas que utilizam IA a adotar ferramentas de governança. “Também é um papel dos setores empresariais, adotar estratégias que estimulem as melhores práticas”.

Andrei também enfatizou a necessidade de um “projeto de nação” para estimular a pesquisa e inovação. Ele destacou que o Brasil precisa avançar no debate para além da regulamentação e estimular o uso das novas tecnologias.

Os participantes também ressaltaram a importância de evitar a criação de novos órgãos reguladores, optando por uma abordagem de convergência entre as políticas existentes.

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