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Pesquisa Fecomércio aponta Festa do Pinhão como sucesso para público e comércio

Atualizado em 26 junho, 2018

Os resultados da Pesquisa Fecomércio de Turismo XXIV Festa do Pinhão revelam a satisfação do público e do comércio local com o evento em 2012, que neste ano aconteceu do dia 1º ao dia 10 de junho em Lages. Praticamente 100% dos turistas afirmaram que irão voltar à festa no próximo ano. O saldo também foi positivo para os lojistas e a rede hoteleira, que tiveram um faturamento de 15,7% e 25%, respectivamente, em relação a 2011.

Leia a pesquisa na íntegra

Os dados da pesquisa foram coletados nos dias 1, 2, 6, 7, 11 e 12 de junho, com mais de 1,2 mil turistas, 192 estabelecimentos comerciais e 11 hotéis. O grau de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro ficou em 3,5%. A análise dos dados permitiu traçar um perfil do turista, os pontos positivos e negativos da festa e os impactos econômicos e movimentação no comércio e rede hoteleira.

Apesar do bom resultado, a pesquisa indica alguns fatores que desagradaram o turista, além da necessidade de investir mais em hotelaria para os próximos anos.

Perfil do turista

A faixa etária predominante do turista que visita Lages durante a Festa do Pinhão é de 25 a 34 anos (31,8%), seguida daqueles com 35 a 44 anos (29,2%) e 18 a 24 anos (19,5%). A maioria é de origem catarinense (84,2%), ou dos estados vizinhos: 9,7% são do Rio Grande do Sul e 4,2% do Paraná.

Em Santa Catarina, as principais cidades de origem dos visitantes são: Florianópolis (13,7%), Joinville (6,6%), Criciúma (6%) e Anita Garibaldi e Curitibanos (4,4%), e Blumenau e São Joaquim (3,8%).

Quanto à ocupação, 45,9% são trabalhadores assalariados, 16,2% autônomos e 15,3% empresários. Por renda familiar, o maior público foi da classe C (43,9%,), depois da classe B (32,8) e A (21,2).

A característica regional da festa reflete no meio de transporte utilizado pelos turistas para chegarem a Lages: 89,5% foram de carro, seguidos pelos 7,2% que participaram de excursões. Essas viagens são feitas majoritariamente por famílias (52,6%), seguido de amigos (43,2%), em grupos formados por 4,01 pessoas em média.

A pesquisa verificou também a quantidade de vezes que o a pessoa visitou a cidade. Este é um dado relevante por dois motivos: turistas que chegam pela primeira vez (41,5%) costumam gastar mais do que os turistas reincidentes (58,5%); e um número alto de reincidentes representa um alto grau de satisfação com a festa de anos anteriores. A média de visitas anteriores foi de 2,26 vezes, e praticamente 100% afirmaram que vão retornar no próximo ano.

Quanto ao tipo de hospedagem, os números estão distribuídos em: casas de parentes ou amigos (28,1%), hotéis (21,1%), quarto alugado em casa de família (12,9%) e pousadas (10,1%). Em média o turista ficou 2,16 dias em Lages. Quem não dormiu na cidade representa uma fatia de 26,3%.

A maioria dos frequentadores da Festa do Pinhão ficou sabendo do evento através de propagandas veiculadas na televisão (54%). O que mais chamou a atenção como atrativo foi a programação de shows musicais (61,8%), depois a gastronomia (15,9%) e o clima da serra (13,1%). A festa pouco representa para o turismo do restante da região: apenas 14,7% visitaram cidades vizinhas – na maioria dos casos, São Joaquim.

Demanda e gasto do turista

Na análise da Fecomércio, o gasto médio do turista foi considerado razoável, principalmente por causa do curto tempo de permanência na cidade e do fato de o comércio não ter funcionado no feriado de 7 de setembro. As maiores despesas foram com hospedagem (R$ 131,34), alimentação (R$ 105,51) e transporte (R$ 94,2).

O não funcionamento das lojas no feriado também explica a falta de interesse do turista no comércio: 52,9% não fizeram compras, desestimulados com as portas fechadas. Para quem visitou, os principais setores foram os de confecção (12,4%), suvenires (11,7%) e calçados (9,8%). A avaliação do atendimento foi positiva: 33,9% consideraram ótimo e 60,4%, bom.

Nas avaliações dos turistas, o resultado geral foi positivo. Itens como hospedagem, táxi e transporte urbano foram assinalados como não utilizados pela maioria das pessoas. Estrutura do evento, gastronomia, bebidas, apresentações típicas e serviços no parque tiveram poucas avaliações negativas, concentrando-se nos conceitos “ótimo” e “bom”. Somente o comércio e os banheiros tiveram avaliações equilibradas entre o “bom”, “regular” e “não utilizou”.

Particularmente em relação à festa, os turistas foram questionados se havia algum ponto negativo: 33,3% responderam que sim. Dentre estes deméritos, foi destacado o pouco comércio (13%), os banheiros (12,5%), a ausência de máquinas de cartão de crédito (12,1%), a impossibilidade de entrar e sair do parque sem pagar novamente, no mesmo dia (11%).

Comércio

Para estudar o impacto da Festa do Pinhão no comércio local, os principais setores entrevistados foram divididos desta maneira: vestuário (15,6%), restaurantes (13,5%), utilidades domésticas (13,5%); calçados (12%), brinquedos (10,4%), artesanatos e suvenires (9,9%), bares e choperias (9,4%), padarias, confeitarias, chocolatarias e docerias (8,3%) e hipermercados (7,3%).

A partir dessa amostragem, a Fecomércio perguntou qual foi a avaliação do impacto da festa no comércio. A maioria (56,3%) considerou bom, outros 24,5% afirmaram que foi ótimo, e 16,7%, regular. Complementando, 52,6% disseram que o movimento aumentou em relação ao ano passado. Porém, este quadro positivo não influenciou na contratação de funcionários temporários: 79,4% não precisaram de mão de obra extra.

Com base neste aumento de movimento, o faturamento das lojas também cresceu 15,73% em relação a 2011 – cada pessoa gastou, em média, R$ 130,23 em compras nos diversos setores do comércio. Para atingir tal resultado, 57,8% das empresas ofereceram atendimento personalizado para atrair a clientela, e 38% fizeram divulgação em jornais e flyers. Por outro lado, 49% dos empresários garantiram que não fizeram nenhuma estratégia diferenciada de publicidade.

De um modo geral, os comerciantes consideram a Festa do Pinhão um evento positivo sob o ponto de vista socioeconômico de Lages: 36,6% avaliaram como ótimo, 50% como bom e 9,4% como regular.

Hotelaria

Para o setor hoteleiro, os resultados da Festa do Pinhão não foram diferentes. O movimento aumentou em relação ao ano anterior para 81,8% dos comerciantes. Nenhum deles considerou o impacto da festa como negativo: 45,5% acharam ótimo e 54,5% afirmaram que foi bom. Também foi pequeno o número de contratações temporárias, já que apenas 18,2% recorreram a funcionários extras.

Dados mostram este crescimento no movimento dos hotéis: eles apresentaram uma média de 76,82 turistas por dia, alcançando uma ocupação média de 95% dos leitos. O faturamento variou 25% em relação a 2011, e cada turista gastou, em média, R$ 136,46 reais com hospedagem.

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