ECONOMIA
PIB do setor de Serviços tem alta no segundo trimestre de 2018
O PIB variou 0,2% de abril a junho frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Este foi o sexto resultado positivo após oito variações negativas consecutivas nessa comparação. Os Serviços tiveram desempenho positivo de 0,3%, enquanto houve estabilidade na Agropecuária (0,0%) e queda de 0,6% na Indústria.
Para o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, os dados sinalizam que não há uma tendência clara de recuperação da atividade econômica.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão, com R$ 1,450 trilhão de Valor Adicionado a Preços Básicos e R$ 242,9 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Na comparação com o segundo trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,0%, o quinto resultado positivo consecutivo nessa comparação. A Indústria e os Serviços cresceram 1,2%, enquanto a Agropecuária variou -0,4%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB cresceu 1,4% em relação ao período imediatamente anterior. A taxa de investimento chegou a 16,0% do PIB, acima do observado no mesmo período de 2017 (15,3%).
A Despesa de Consumo das Famílias teve expansão de 1,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) avançou 3,7% no segundo trimestre de 2018, o terceiro resultado positivo após 14 trimestres de recuo. A Despesa de Consumo do Governo variou 0,1% em relação ao segundo trimestre de 2017.
Segundo o economista, o tímido crescimento no trimestre passado foi puxado pelo incremento do investimento (3,7%) e do consumo das famílias (1,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, a taxa de investimento, indutor de um crescimento sustentado da economia, ainda mantém-se em valor deprimido em 16,0%.
“O impulso ao consumo se deve a uma retomada do crédito, redução da inflação e juros menores. Pelo lado do investimento, a intensificação das importações de bens de produção, associado aos juros menores, também permitiu o crescimento desse importante componente da demanda agregada. O mais importante para o Brasil voltar a crescer é ter um novo modelo de crescimento calcado em maiores estímulos aos investimentos privados e à atividade produtiva. Para tanto, é condição indispensável trabalhar por uma política de juros baixos, por meio de uma política fiscal responsável, e elevar a taxa de investimento para obter ganhos de produtividade”, analisa Córdova.