ECONOMIA
Santa Catarina tem 2ª menor queda no PIB em 2016
Santa Catarina apresentou PIB no valor de R$ 256,66 bilhões, com queda de -2,0% no volume em 2016, segundo o IBGE. A participação do Estado na economia nacional caiu de 4,2% em 2015 para 4,1% em 2016, saindo da sexta para a sétima posição no país.
Esta variação negativa colocou Santa Catarina como a segunda menor queda, empatado com Minas Gerais e atrás de Alagoas (-1,4%), e na quarta posição no geral. Roraima registrou crescimento pequeno de 0,2% e o Distrito Federal resultado nulo (0,0%).
O setor de Serviços teve a menor queda (-0,3%) em volume no estado em 2016. Como na maioria dos estados, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas sofreu queda acentuada (-5,3%), ao lado de outras atividades da economia, como Transporte, armazenagem e correio (-4,0%), Alojamento e alimentação (-1,3%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-4,5%). Em contrapartida, houve crescimento em volume em Atividades imobiliárias (1,0%), Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (3,2%) e Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (3,9%), o que amenizou parcialmente a queda em volume do setor.
Na Agropecuária, que representou 6,9% do valor adicionado bruto do estado catarinense em 2016, houve variação em volume de -3,2%. O resultado foi influenciado por Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita e Produção florestal, pesca e aquicultura, que variaram -5,8% e -4,5%, respectivamente. Na primeira, destacaram-se as quedas em cultivo de cereais, com arroz e milho, e no cultivo de fumo, enquanto na segunda, a redução concentrou-se na silvicultura.
A Indústria também apresentou variação negativa (-3,3%), puxado para baixo pelas Indústrias de transformação (variação de -3,5%) e Construção (-6,3%). Em Indústrias de Transformação, que se manteve como a atividade de maior participação na economia de Santa Catarina- com 19,0% em 2016, diante de 20,4% em 2015- houve retração principalmente na metalurgia, na fabricação de produtos de metal e fabricação de máquinas e equipamentos. Já Construção teve decréscimo distribuído entre construção de edifícios e obras de infraestrutura.
Segundo o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, a queda em Santa Catarina foi impulsionada principalmente pela retração da produção industrial. “O estado catarinense é relativamente o mais industrializado do Brasil. Nesse aspecto, a forte crise econômica que afetou o Brasil em 2016, fruto da instabilidade política e do grande desequilíbrio das contas públicas, afetou a produtividade das empesas e reduziu a produção industrial de Santa Catarina, afetando também o consumo no comércio e serviços que no período em questão viu seu pior desempenho em anos recentes”.