ECONOMIA

Economia brasileira cresce 0,4% no 2º trimestre

Atualizado em 30 agosto, 2019

O resultado do PIB no segundo trimestre reforça a ideia de que ainda não há uma tendência clara de recuperação da atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre na comparação com os primeiros três meses do ano. Na comparação com o mesmo período em 2018, o índice subiu 1,0%. O país fechou o primeiro semestre com alta de 0,7% e no acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019 alcançou 1,0%.

Conforme o economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, nunca um processo de recuperação econômica foi tão lento no país. “Em crises anteriores, dois anos após resultados negativos, o Brasil já apresentava números superiores ao período pré-crise. Atualmente, o PIB real brasileiro está muito próximo ao observado em 2012 e ainda distante da máxima observada em 2014. No atual ritmo, estima-se que apenas em 2022 o país recupere tudo que perdeu nos anos 2015 e 2016. Com isso, o Brasil empobrece e vai ficando atrás em relação a seus pares internacionais”, avalia.

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,780 trilhão no segundo trimestre de 2019, sendo R$ 1,523 trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 256,9 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento foi de 15,9% do PIB, acima da observada no mesmo período de 2018 (15,3%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançou 3,2%, e o Consumo das Famílias, 0,3%. Já Consumo do Governo recuou 1,0% no trimestre. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 1,6%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços cresceram 1,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Desempenho dos setores

 A maior alta do PIB foi da Indústria (0,7%), seguida de Serviços (0,3%). A Agropecuária variou -0,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Dentro dos segmentos que compõem os serviços, as Atividades imobiliárias (0,7%), Comércio (0,7%), Informação e comunicação (0,5%) e Outras atividades de serviços (0,4%) apresentaram resultados positivos. Já as atividades de Administração, defesa, saúde e educação pública e seguridade social (-0,6%), Transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,1%) registraram desempenho negativo.

Estímulos para investimentos

A taxa de investimento, indutora de um crescimento sustentado da economia, ainda mantém-se em valor deprimido abaixo de 16,0%, os níveis mais baixos de sua história. “O prolongamento do déficit fiscal, que já estende por quatro anos, impede investimentos mais robustos nas áreas de infraestrutura. O consumo subiu pouco, refletindo um cenário de desemprego elevado, renda estagnada e desconfiança quanto ao futuro. Nesse contexto, as reformas da previdência e tributária ganham relevância. A primeira tem o potencial de apontar para um reequilíbrio das contas públicas no médio prazo e a segunda pode criar estímulos para mais investimentos”, pontua.

Segundo ele, para o Brasil voltar a crescer é preciso buscar um novo modelo de crescimento calcado na recomposição do mercado interno e com maiores estímulos aos investimentos privados e à atividade produtiva.

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