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Greve dos caminhoneiros impactou no faturamento da Festa do Pinhão em 2018

Atualizado em 12 setembro, 2019

A paralisação nacional dos caminhoneiros durante o mês de maio refletiu nos resultados da 30ª edição da Festa do Pinhão, que aconteceu de 25 de maio a 3 de junho de 2018, em Lages. De acordo com a pesquisa da Fecomércio SC, realizada após o evento em 230 estabelecimentos comerciais e de serviços, entre estes 25 hotéis, o faturamento sofreu queda significativa este ano.

O desabastecimento provocado pela paralisação começou a atingir postos de gasolina, supermercados e comércio no fim de semana que o evento começou. A situação se agravou nos dias seguintes, tanto que a organização da Festa chegou cancelar os shows nacionais de encerramento.

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Além da questão do desabastecimento que interferiu no fluxo de turistas e visitantes, a capacidade de consumo das famílias também está congelada, conforme analisa o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt: “Esse pessimismo na intenção de consumo das famílias reflete em cautela nos gastos, principalmente com lazer e entretenimento.  O nível de consumo atual mantém-se abaixo dos 100 pontos pelo 40º mês consecutivo, segundo o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apurado pela Federação”. Com escala de 0 a 200 pontos, o ICF mede mensalmente a avaliação do catarinense sobre as condições de vida, capacidade de consumo, nível de renda doméstico e segurança no emprego.

As percepções negativas superaram as positivas: 28,8% avaliaram o movimento de clientes e turistas como “negativo” e “péssimo”, enquanto 26,3% dos empresários e gestores afirmaram que foi “muito bom” e “bom”. A maioria (44,9%) considerou irrelevante.

O pessimismo pode ser sentido no caixa dos estabelecimentos em Lages. O faturamento dos setores de comércio e serviços teve queda de 22,1% na comparação com a festa de 2017.  A variação foi ainda maior no setor hoteleiro (-32,4%). Já em relação aos meses comuns do ano, o comportamento foi diferente entre os setores. No comércio e serviços, o recuo foi de 8,3%, diante da alta de 7,8% em 2017. Os hoteis tiveram aumento de 25,2%, ainda assim a pior avaliação entre os percentuais dos anos anteriores.

A pesquisa aponta o crescimento do ticket médio dos visitantes em relação a 29ª edição: R$ 155,82 no comércio, crescimento de 21%, e de R$ 428,84 no setor hoteleiro, o mais alto da série histórica e 55,2% mais alto que o valor apurado em 2017 (R$276,36 ).  A taxa de ocupação dos leitos também foi menor, passou de 83,3% em 2017 para 67,5% neste ano.

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