MERCADO
Missão Empresarial da Fecomércio tem encontro no Ministério do Comércio e Indústria do Panamá
Uma reunião na sede do Ministério do Comércio e Indústria do Panamá, nesta quarta-feira, 17, deu o primeiro passo para o desenvolvimento de uma parceria comercial entre Santa Catarina e o país latino-americano. O encontro foi mediado pelo vice-ministro de Comércio Exterior, Néstor Gonzaléz, mas contou também com a participação do vice-ministro do Interior, Manuel Grimaldo, e o diretor Nacional de Promoção de Exportação, Eduardo Palacios, além de assessores do ministério.
O encontro foi promovido pela Embaixada do Brasil no Panamá, representada pelo ministro conselheiro Antonio Luiz, que aproveitou a ocasião para apresentar aos representantes do governo panamenho um pouco mais de informações sobre o Brasil. Liderados pelo diretor-executivo da Fecomércio SC, Marcos Arzua, os empresários que compõem a Missão Empresarial detalharam os negócios que desenvolvem em Santa Catarina e como podem aproximar a relação comercial com o Panamá.
O Panamá tem uma importante relação comercial com o Brasil, mas essa parceria pode ser ampliada em diversos setores econômicos, como defende o vice-presidente da Fecomércio nas regiões Norte e Planalto Norte, Herton Scherer. "O Panamá é um país que vem crescendo quase 10% ao ano, o que mais cresce na América Latina. Por isso, podemos buscar aqui recursos, inclusive importar produtos para abastecer o nosso varejo em Santa Catarina", afirmou.
Negócios com vizinhos
Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, o país posicionou-se no ano passado como a 89ª economia do mundo. O setor de serviços é o principal ramo de atividade e responde por 78,4% do PIB. O comércio exterior do Panamá apresentou, em 2013, crescimento de 40,5% em relação a 2009, de US$ 49,95 bilhões para US$ 70,2 bilhões. As vendas panamenhas foram direcionadas em grande parte aos vizinhos do continente americano, que absorveram 55,4% do total em 2013; seguidos dos países da Europa com 27,4% e da Ásia com 16,9%. Individualmente, o Equador foi o principal destino das vendas panamenhas com 17,1% do total.
O Brasil ocupa o 42º lugar no ranking dos compradores do Panamá, com 0,2% do total. Baseado nesse desempenho, o vice-ministro de Comércio Exterior, Néstor Gonzaléz, afirma que a “a missão do ministério é ser coadjuvante na relação entre a Fecomércio e a Câmara de Comércio do Panamá, a Zona Livre e ver o que o país pode oferecer para ampliar a oferta de negócios e o os laços comerciais entre os dois países”.
O Panamá ocupa o 24º lugar no ranking de parceiros comerciais do Brasil. Entre os anos de 2009 e 2013, as exportações cresceram 2.004,7% e as importações, apenas 10,7%. O saldo da balança comercial, favorável ao Brasil em todo o período, registrou superávit de US$ 4,4 bilhões no ano passado.
Números que reforçam a importância da política de abertura do mercado panamenho para o empresário catarinense. O conselheiro da Fecomércio, Marcos Schuhmacher, explica como a Federação está prospectando essa relação através da Missão Empresarial. “Vamos levar essa experiência para os empresários locais, pros comerciantes, vendo suas demandas e suas necessidades e trazendo eventuais soluções via Panamá”, afirmou.
Agenda
Antes do encontro no Ministério do Comércio e Indústria do Panamá, a comitiva brasileira foi recebida pelo embaixador do Brasil no país centro-americano, ministro Adelino Senna Ganem, e pelo ministro conselheiro da Embaixada, Antonio Luiz. No início da manhã e no final da tarde, a Missão Empresarial da Fecomércio SC manteve encontros com os escritórios de consultoria Owen & Watson e Alves & Cia, respectivamente. Nesta quinta-feira, a Missão Empresarial se encontra com o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá, José Luis Ford. À tarde, os integrantes participam de uma visita técnica ao Canal do Panamá.