Dia dos namorados foi de vendas tímidas em Chapecó
Terceira melhor data para o comércio, o dia dos namorados aqueceu as vendas em Chapecó, mas o movimento ficou aquém do esperado pelos empresários nas primeiras semanas de junho. O tíquete médio na cidade foi de R$ 151,02, menor do que o ano passado (R$ 195,21) e do que a média estadual (R$ 167,76), segundo a pesquisa da Fecomércio SC em parceria com a Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC).
Leia a Pesquisa de Resultado de Vendas
Para atender a demanda, impulsionada pelo inverno antecipado, a cidade reforçou o quadro funcional com temporários (15,6%), embora o faturamento não tenha acompanhado o mesmo ritmo (-12,3 %). Já em relação aos meses comuns do ano, houve crescimento de 9,9% na receita, o que demonstra a relevância da data para o setor.
De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o recuo está alinhado com o momento da economia catarinense e nacional. “As famílias não estão comprando com o mesmo vigor, mas a expectativa é de recuperação da intenção de consumo e confiança no segundo semestre”, pontua. Para Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC, o frio mais intenso às vésperas da data beneficiou o comércio. “As baixas temperaturas ajudaram a amenizar uma possível redução ainda mais significativa nas vendas”, analisa.
Sob a perspectiva de quem está do lado de dentro do balcão, a pesquisa de preço teve frequência baixa (38%), razoável (35%) e alta (27%). A compra à vista foi a forma de pagamento escolhida por 71,1% dos consumidores: os percentuais foram 46,7% em crédito, 22,2% em dinheiro e 2,2% no cartão de débito. No prazo, o cartão de crédito respondeu por 22,2% das vendas, seguido pelo crediário, com 6,7%.
Os resultados de vendas foram levantados com empresários de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville e Lages nos setores de vestuário/ calçados, floriculturas, joalherias, perfumes/ cosméticos, hotel/motel, loja de departamento, restaurante e especializada em chocolates.
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Avaliação do consumidor
Outro indicador levantado pelas entidades é a avaliação do consumidor, que pondera desde o atendimento até a efetivação da compra.
De acordo com a pesquisa 63,8% dos consumidores contatados garantiu o presente, mas o percentual de desistência aumentou 19,4% – passando de 16,8% em 2015 para 36,2% neste ano –, o que pode estar relacionado às atuais condições da renda, da inflação e do acesso ao crédito, que desestimularam o consumo.
Os segmentos do vestuário (33,8%) e de perfumes/cosméticos (21,1%) lideraram a preferência, embora o maior gasto médio foi com joias (R$ 497,94). Os consumidores atribuíram boas notas para o atendimento na data: 8,93 para o comércio e 8,83 para serviços.